O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, exaltou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de cortar meio ponto percentual da taxa de juros. Com a decisão, tomada no início da noite desta quarta-feira (2), a taxa Selic foi reduzida de 13,75% para 13,25%. Pacheco disse que a economia nacional vem registrando bons números e apontou que a queda da Selic era um clamor de toda a sociedade. Segundo o presidente, uma taxa mais baixa é importante para a geração de empregos e para o crescimento da economia.
— Todos nós temos o intuito de melhorar a economia do Brasil. A iniciativa [da queda da taxa] deve ser enaltecida. Quero crer que seja o início de uma saga da queda da taxa de juros — afirmou Pacheco, lembrando que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, virá ao Senado no próximo dia 10 para a arguição pública semestral.
O senador Efraim Filho (União-PB) também elogiou a decisão do Banco Central e destacou a importância da independência do órgão. Os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comemoram a decisão do Copom.
O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), cumprimentou o presidente do Banco Central por uma “decisão óbvia e coerente” com o ambiente econômico do país. Randolfe também destacou o fato de as quatro principais agências de risco do mundo terem aumentado a avaliação do Brasil e apontou o recuo do desemprego e a queda da inflação como sinais positivos da economia nacional.
— A decisão do Banco Central é coerente com o momento do país. Vamos surpreender a todos com uma expectativa de crescimento superior de 3% ao final do ano. Escrevam o que está sendo dito — registrou o senador.
Reforma tributária
Questionado pelo senador Efraim Filho, Pacheco também informou que a expectativa é receber já nesta quinta-feira (3), do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o projeto da reforma tributária (PEC 45/2019). Segundo Pacheco, a matéria será encaminhada de imediato à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois para o Plenário.
— Nosso objetivo é que até o final do ano nós possamos promulgar a PEC da reforma tributária — registrou Pacheco.
O relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Eduardo Braga (MDB-AM), também comemorou a redução da taxa Selic de forma unânime. Para o senador, a queda na taxa vai ajudar a alavancar investimentos e gerar emprego. Ele destacou, porém, que a decisão pela redução de meio ponto percentual não foi unânime. Braga advertiu que, pelo comunicado do Copom, alguns sinais indicam desaceleração do ritmo econômico, o que demandaria uma queda maior e constante da taxa de juros.
— Isso aponta que o Brasil inicia hoje um ciclo gradual e sustentável da queda da taxa da Selic. Essa decisão sinaliza, finalmente, que estaremos vivendo um novo ciclo na economia brasileira — declarou o senador, que ainda criticou a elevada taxa de juros do cartão de crédito e do cheque especial e pediu a aprovação do projeto do arcabouço fiscal (PLP 93/2023) na Câmara dos Deputados.