O tema sustentabilidade nunca esteve tão em foco como nos dias atuais. Por esse motivo o setor moveleiro precisou se renovar!
A crise ecológica vem afetando direta e indiretamente diversos setores da sociedade. É, concomitante a isso, é cada vez mais comum ver os consumidores preocupados com os impactos nocivos que as ações do homem vêm causando ao meio ambiente.
Diante deste cenário, o mercado de móveis sustentáveis vem crescendo consideravelmente em todo Brasil. São dois os fatores que mais impactam este aumento: a conscientização da população sobre as pautas ambientais e a pressão feita pelos consumidores sobre o setor moveleiro que, vale lembrar, é um dos que mais usa madeira.
Mas, afinal, como a indústria moveleira tem trabalhado para conquistar o selo verde da sustentabilidade e como tem minimizado os impactos de suas ações em prol do meio ambiente?
Investimento em criações sustentáveis
Em um planeta em alerta máximo, com seus recursos naturais cada dia mais escassos e com tantas espécies animais e vegetais entrando para a lista de extinção, não há espaço para consumo sem freios, muito menos para o desperdício.
Adaptar-se à nova realidade e ao um novo público – que não apenas consome, mas questiona, levanta bandeiras e se preocupa verdadeiramente com questões ambientais – foi a alternativa encontrada pela indústria moveleira para não perder espaço de mercado e nem ser apontada como a grande vilã ambiental.
Legislação brasileira
No Brasil, todos os móveis produzidos em madeira precisam vir com um selo ou carimbo que demonstre a regularidade do fabricante e, também, é necessário atestar que a madeira usada para produzir aquele móvel não veio de origem ilegal, ou seja, madeira de desmate.
Mas para o mercado nacional não é só isso. É necessário se reinventar em um cenário tão competitivo e tão crítico como o que envolve o mercado moveleiro. É por isso que a sustentabilidade precisa ser a alma de cada criação.
Além disso, também é imprescindível fazer uso de materiais ecologicamente corretos, promover o consumo consciente de móveis e oferecer ao público final produtos com uma vida útil mais longa para que a rotatividade ou descarte de peças não seja incentivado.
Novos caminhos para a indústria moveleira
Alguns dos pontos chaves para que este mercado se adapte às novas pautas ambientais é usar o mínimo de recursos naturais possíveis, diminuir a emissão de resíduos poluentes na atmosfera e nos solos e ser atuante no reflorestamento de áreas desmatadas.
Uma das alternativas encontradas foi a utilização de matérias primas mais diversificadas. Uma das alternativas encontradas foi usar madeira que já havia sido empregada em outras peças.
Com o uso de alta tecnologia e designers criativos é possível chegar a um produto final de alta qualidade, resistência e sofisticação sem o uso de madeiras de lei ameaçadas de extinção. A seguir lembramos alguns exemplos.
Madeira de demolição
Madeira de demolição é todo o resíduo deixado na extração e produção de peças em madeira. Em geral, esse resíduo acaba sendo descartado em aterros sanitários, mas nos últimos anos a indústria moveleira viu uma ótima oportunidade: transformar os resíduos em móveis com design rústico, sustentável e cheio de personalidade.
Móveis de reformados
Não é de hoje que arquitetos e decoradores usam da tática de reformar um móvel usado em uma peça contemporânea e sustentável, porém, a novidade agora é que muitas empresas vêm investindo nesse tipo de serviço, ao invés de oferecer uma peça nova de fábrica, transformam um objeto usado em algo único e personalizado.
MDF e MDP
Tanto o MDF como o MDP são alternativas ecologicamente corretas e mais baratas que podem ser perfeitamente usadas na construção de móveis no lugar da madeira pura. Ambas são chapas de madeiras reconstituídas fabricadas em alta temperatura, o MDF é usado mais para peças artesanais já o MDP, por ser mais resistente e denso, é usado na fabricação de móveis.
A indústria moveleira precisou se adaptar ao longo dos anos, encontrando alternativas inteligentes e sustentáveis para oferecer produtos com qualidade sem agredir o meio ambiente.
O reflorestamento de áreas e o uso de tecnologia fazem parte do conjunto de ações que juntas garantem aos fabricantes e industriais o selo verde da sustentabilidade. O incentivo ao consumo consciente também faz parte desse combo.