A família de Vanessa de Sousa Camargo, de 24 anos, morta a tiros na terça-feira (20) pelo ex-namorado no momento em que os dois fariam um teste para reconhecimento de paternidade em Curitiba (PR), diz que a vítima possuía uma medida protetiva contra Luan Lucas Cardoso, de 28.
A criança de 40 dias estava no colo da mãe no momento dos disparos, mas não foi ferida. O advogado de Vanessa foi atingido e morreu no local. Após efetuar os disparos, Luan Cardoso, que era soldado-aluno da Polícia Militar, cometeu suicídio.
Luan teve um relacionamento de quase um ano com Vanessa, marcado por ciúme e violência por parte do jovem. O namoro dos dois acabou após ela ter sido agredida grávida. Depois do episódio, a jovem procurou o pai, decidiu prestar queixa e conseguiu uma medida protetiva.
Vanessa voltou a morar com os pais, mas passou a ser perseguida pelo ex. O aluno da PM não aceitava o fim do relacionamento e sempre estava alterado. Fazia visitas constantes ao trabalho da mulher e discutia com ela, seus amigos e também familiares, além de ameaçá-la.
Quando o bebê nasceu, Luan o registrou por livre e espontânea vontade, mas, algum tempo depois, passou a questionar a paternidade. Por isso, Vanessa solicitou um exame de DNA.
No dia em que foram realizar o exame, a vítima estava com a criança no colo, então o homem pediu para segurá-la. Temendo que ele pudesse fazer algo, Vanessa negou, o que iniciou uma briga.
De acordo com testemunhas, Luan disparou pelo menos seis vezes, atingindo primeiro a ex-companheira e depois o advogado Henrique Bueno, de 30 anos. Eles não resistiram e morreram no local. O bebê de 40 dias estava no colo da mãe no momento do assassinato.
A Polícia Civil do Paraná afirmou que está apurando o caso. Testemunhas estão sendo ouvidas e câmeras de seguranças estão sendo analisadas para auxiliar no andamento das investigações.