Começou ontem (01) e prossegue até 31 deste mês o prazo para a comunicação sobre o rebanho bovino em Mato Grosso. O escritório do Indea em Lucas do Rio Verde alerta os criadores da região sobre a necessidade de fazer a atualização do estoque junto ao órgão. A medida vale também para criadores de outras dez espécies: búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, galinhas, abelhas e peixes.
Uma das penalidades é a não emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) já a partir da próxima segunda-feira (08). Sem a GTA o produtor tem dificuldade para fazer a comercialização dos animais, exceto se for para abate. Também existe a previsão de outras penalidades, como aplicação de multas para aqueles que não realizarem a comunicação dentro do prazo.
O médico veterinário e fiscal do Indea-MT em Lucas do Rio Verde, Clodomiro Reverdito, diz que o produtor pode vir ao escritório ou usar o módulo do produtor, o sistema online disponibilizado no site do governo do Estado. “Ele precisa informar os nascimentos, o que tem de macho, fêmea, se porventura teve alguma morte, algumas propriedades usam para consumo próprio, ou morte acidental, enfim. É importante atualizar o rebanho para saber o que ele tem no pasto, na propriedade dele. Fazendo essa atualização no mês de maio, a propriedade dele está apta a continuar fazendo movimentações, venda, compra, e ele estará de acordo com a norma pedida pelo Indea”, explica.
Vigilância
Como a partir deste ano o rebanho bovino não tem a proteção da vacina, aumenta a necessidade de ampliar a vigilância e evitar focos de aftosa. Clodomiro explica que o produtor é o principal aliado do Indea para conseguir manter o status de livre da doença sem vacinação. Na lida com o rebanho, o produtor percebe quando há alguma situação que precise da ação dos fiscais.
“Como não temos mais a vacina, temos de ser mais vigilantes”, reforça o médico veterinário.
Com a atualização cadastral, os técnicos do Indea consegue definir ações rápidas conforme a necessidade de momento, atuando de modo a realidade de campo. Com base nos dados repassados pelo produtor é possível definir a estrutura que será utilizada para essa atuação. “Pra tudo isso é necessário ter essas informações atualizada, pra que o Estado tenha uma forma de garantir e certificar que nossa produção está apta a acessar mercados exteriores, que a gente possa buscar os melhores nichos de mercado, para que tenha a valorização rural nossa”, ressalta.
Marca de fogo
Além de fazer a atualização do estoque, o médico veterinário cita ainda a necessidade de fazer o cadastro junto ao Indea da chamada marca de fogo, que comumente é usada pelos produtores para fazer a identificação do gado. Segundo Clodomiro, o produtor pode trazer a ferramenta de marcação para o cadastro da imagem.
“A gente busca com isso garantir ainda mais a rastreabilidade desse rebanho e, de certa forma, dando uma segurança para o produtor”, explica.
Embora pouco comum, mas há casos de produtores que usam brincos e até tatuagem nos animais como forma de identificação de propriedade. Até mesmo os que não usam nenhum tipo de identificação devem informar o Indea a respeito.
“Ele precisa nos informar esse formato que ele utiliza para que a gente registre, para que ele não fique pendente, com o cadastro em aberto”, alerta.
Os produtores que não informarem o Indea até o final de junho terá o cadastro é suspenso até a regularização.