A mentira e a falsidade destroem relacionamentos e confiança. No entanto, como vários estudos nos revelam, esta é uma prática comum, uma conduta que, além disso, sempre acaba sendo descoberta.
Se há algo que é verdadeiramente lamentável, é a mentira e a falsidade. Ambas as coisas são capazes de destruir tudo no seu caminho, de devastar as florestas mais povoadas e de derrubar as torres mais altas.
O mais triste da hipocrisia e do engano é que eles nunca vêm de nossos inimigos ou de pessoas desconhecidas. Como é de se esperar, tudo isso dói. E muito. Quando nos enganam, o pior não são as mentiras em si, mas o que levam com elas.
Quando um sentimento tão importante como a confiança se quebra, algo dentro de nós morre. Isso acontece porque a mentira e a falsidade põe em dúvida mil verdades, fazendo com que nos questionemos até mesmo as experiências que acreditávamos mais francas.
Uma única mentira muda tudo
Tanto a mentira como a falsidade são, em grande parte, uma questão de hábito. Há muitas pessoas que são hábeis nesta «arte» e que nos mantêm todos enganados de uma forma verdadeiramente surpreendente. Além disso, como nos aponta o psicólogo Edward de Bono, este recurso faz parte do comportamento humano, é algo recorrente que queremos ou não, é preciso assumir.
Como já sabemos, a mentira habitual pode vir a constituir um problema psicológico sério. Essas pessoas costumam vender fumaça a qualquer preço, desde que se sajam ou, o que é mais grave, sem nenhum outro incentivo além de enganar.
Outras vezes, a mentira pode ser «justificada» como um erro na ação, mas não na intenção. É o que costumamos chamar de mentiras piedosa, pois consideramos que a verdade fará mais mal do que a mentira.
Há quem sustente que qualquer tipo de mentira é baseada em relações de má qualidade, mas a verdade é que o ser humano, às vezes, não é bom em valorizar mais cores do que o branco e o preto.
A mentira e a falsidade, duas feridas profundas na alma
Trair as pessoas que o amam é um dos atos mais detestáveis que o ser humano pode realizar. É difícil superar a sua descoberta, pois em si mesmo o engano abriga a capacidade de destruir completamente o nosso mundo.
Uma pessoa traída é mais do que uma pessoa magoada. É alguém que ficou sem norte, que perdeu sua bússola, que não entende, que sente uma confusão angustiante, que tem que derrubar sua casa, que não sabe onde guardar seus sentimentos e que se acha profundamente estúpido.
É alguém que coloca um cartaz, que fica descalço e fica nu, que se sente ridículo. Alguém que tem que começar do zero, reconstruir suas paredes, percorrer um caminho difícil e cobrir os buracos. É alguém que com feridas de morte tem que se reanimar e não sabe como.
Curar as feridas que a traição provocou
Com o passar do tempo é muito provável que a raiva e a impotência que sentimos no início se tornem uma certa pena por tudo o que desapareceu, quebrou ou murchou. É nestes momentos que poderemos começar a curar nossas feridas e valorizar com força a lealdade.
Superar isso leva algum tempo, mas para conseguir isso é preciso nos perdoar e parar de nos torturar por aquilo que pensamos que poderíamos ter evitado, pela mentira e falsidade que nos rodeou. Desta forma, conseguiremos fazer as pazes com o mundo e voltar a confiar.
Se em algum momento te machucaram, se em alguma ocasião a mentira e a falsidade pareciam ser a carta de apresentação de todas as pessoas que estavam ao seu redor, não se castigue pensando que todos são iguais, fazê-lo seria como acreditar que porque você jogou na loteria um dia vai te tocar toda vez que você comprar.