Sou controlador? A psicologia responde com estes sinais

Fonte: CENÁRIOMT

Sou controlador? A psicologia responde com estes sinais
Sou controlador? A psicologia responde com estes sinais foto:reprodução

Sou controlador? Certamente você encontrará alguém a quem chamou em mais de uma ocasião de ‘controlador’. Esses modos de ser que parecem estar te sujeitando a um terceiro grau, que querem saber cada detalhe do que você faz e que provavelmente estão no controle total de suas próprias vidas. Talvez isso aconteça com você mesmo. 

O que é ser controlador? A personalidade controladora se caracteriza pela necessidade de ter um controle estrito sobre a maioria dos aspectos da vida.

Essa necessidade pode variar desde um estilo mais leve, no qual procuram não deixar nada ao acaso, até um traço mais marcado, no qual também precisam que os outros façam o que pedem.

O que é a personalidade controladora e quais são suas principais características?

Todos nós podemos ter uma necessidade de controle sobre o meio ambiente para nos sentirmos seguros. No padrão de comportamento controlador, a pessoa tenta controlar quase todos os aspectos de sua vida. Este é um espectro que vai desde um estilo mais leve em que procuram não deixar quase nada ao improviso, para se sentirem melhor, a um traço mais acentuado em que também precisam que os outros façam o que pedem, não tanto para manipulação, mas para se sentir mais seguro.

Cerca de 6% da população em geral pode ter um grande problema de personalidade desse tipo. É mais comum em homens do que em mulheres, mas por sua vez a presença deles em consulta é mais comum, pois sentem que isso interfere mais em suas vidas.

Como a personalidade controladora difere da personalidade obsessiva?

A necessidade de controle é um dos sintomas sofridos pela pessoa com transtorno de personalidade obsessiva. Esse padrão de comportamento não é uma doença, é um estilo mal-adaptativo de ser. Outros sintomas da personalidade obsessiva seriam a preocupação com a ordem, o perfeccionismo e uma tendência à rigidez no relacionamento com os outros.

Quais são as possíveis causas da personalidade controladora?

O controle serve para que a pessoa sinta que está tudo em ordem. E isso é necessário porque cronicamente existe um alerta interno que nunca dispara. Isso é feito pela nossa amígdala, área do cérebro responsável por ativar respostas de alerta. 

Na história do controlador houve um momento, que pode ser tão antigo que não é lembrado, que levou à conclusão de que ser ativado é necessário e como isso é muito caro, o controlador tenta ter tudo para se sentir verdadeiro alívio.

Como a personalidade controladora afeta as relações pessoais e de trabalho?

Quanto mais rígidos somos, mais difícil é nos adaptarmos a novas situações e pessoas diferentes que fazem coisas diferentes do que fazemos. Nas relações informais, em nosso relacionamento diário com os outros, o controlador se sentirá sobrecarregado, retraído ou tentará fazer com que todos façam o que ele precisa para se aliviar.

No trabalho, eles estarão revisando o trabalho dos outros o tempo todo, não porque está mal feito, mas porque há essa necessidade imperiosa de garantir que tudo esteja bem. Se o controlador tiver uma posição de comando, ele pode ter comportamentos semelhantes ao mobbing e esgotar emocionalmente seu funcionário.

Como a personalidade controladora pode afetar a saúde mental?

Partimos da base desse alerta interno que os mantém sempre em tensão. Isso significa que quando eles perdem esse controle de que precisam, as respostas emocionais negativas transbordam, dando forte ansiedade e até respostas depressivas.

Também é frequente que nesta procura de segurança acabem por comportamentos de isolamento social, procurando espaços que lhes suponham calma, com os problemas que isso acarreta. O passar dos anos não faz nada além de piorar os sintomas.

É possível mudar a personalidade controladora?

Às vezes, traços de personalidade que duram a vida toda se tornam muito estáveis, mas é possível adquirir habilidades que tornam a pessoa mais flexível. Conseguiremos isso trabalhando aquele alerta interno que exige que o controle seja aliviado de forma que a pessoa tenha que fazer menos esforço para manter esse controle.

Algumas das técnicas que funcionam melhor são as de liberação e processamento emocional. Não faz sentido trabalhar com os pensamentos de uma pessoa controladora, mas sim com aquela coisa interna que os provoca, e cuja origem está sempre em algo da história pessoal ou das suas relações de apego familiar.

Como você pode aprender a controlar uma pessoa com uma personalidade controladora?

É diferente se for simplesmente um amigo, um parceiro ou um chefe. Em todo caso, se não se quer ficar cada vez mais “pequeno” diante de suas exigências de controle, é preciso estabelecer limites claros, não permitir que ninguém se imponha e fazê-lo de forma assertiva. São eles que devem perceber que têm um problema que interfere com os que estão ao seu redor e devem se encarregar do que acontece com eles. Caso contrário, pode-se acabar como tantas famílias cedendo às necessidades do controlador.

Como você pode evitar cair em padrões de comportamento controladores?

Se percebermos que estamos cada vez mais “quadrados”, talvez devêssemos sair desse “azulejo” em que vivemos. Para isso você tem que tentar fazer coisas novas, alguma atividade diferente e tentar conhecer pessoas diferentes.

 A princípio não teremos muita vontade, mas nos permitirá nos expor a um pouco de estresse social que nos ajudará a ter ferramentas hábeis.

E, acima de tudo, administre a emoção que lhe causa que os outros não façam as coisas como você exige. 

Se percebermos que é difícil para nós fazermos sozinhos, pode-se solicitar a assistência terapêutica de um profissional para nos auxiliar. 

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Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.