O auditório da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Rio Verde ficou lotado nesta quinta-feira (23.03), com a mesa redonda: “Manejo de doenças e anomalias na cultura da soja“. A palestra faz parte da programação do Show Safra 2023, que segue até sexta-feira (24.03), em Lucas do Rio Verde-MT.
Ferrugem asiática, mancha-alvo, cercosporiose, septoriose e oídio são apenas algumas das dezenas de doenças que podem comprometer a produtividade da soja, causando grande preocupação ao sojicultor.
Engenheira agrônoma e pesquisadora da Fundação Rio Verde, Luana Belufi reforçou que a equipe vem desenvolvendo pesquisas sobre essas doenças, que têm gerado problemas na cultura da soja na região de Lucas do Rio Verde e tirado a produtividade das últimas safras.
“Ainda não temos um agente causador do problema, mas já percebemos que tem uma resposta na adoção de manejo com uso de fungicidas para reduzir, então hoje eu pontuei alguns resultados que a Fundação conduziu, com nossas percepções da diferenças dos cultivares, como foi a contribuição da adoção de ferramentas de manejo e fungicidas, a época de semeadura, de forma geral são informações que o produtor rural observou para utilizar em sua propriedade para evitar prejuízos com essas anomalias que ainda estão em fase de identificação”, explicou Luana.
Alana Tomen, Engenheira Agronômica e pesquisadora da Proteplan, participou da roda de conversa e contribuiu com os resultados da safra obtidos nas estações experimentais. Segundo ela, depois de anos, finalmente nesta safra, a equipe conseguiu direcionar projetos de pesquisas especialmente voltados às anomalias da soja e obtiveram resultados positivos, que são mais consistentes.
“É evidente isso, sempre teve claro que haveria uma importância genética, ou seja, as variedade de soja se comportam de uma maneira diferente entre elas, e tratando-se de fungicidas, já que estamos tratando sim de complexo de doenças, a gente vê sim diferença entre os produtos e principalmente entre os momentos de aplicação de casa um deles , então conseguimos ajustar bem essa recomendação , que não passa só por fungicidas, passa também por variedade, momento, por tratamento de sementes, sistemas de produção, então a gente já está munido de informações.”, pontuou.
O público pode participar de palestras e fazer negócios na feira a partir das 8h da manhã. Todos os dias o local fecha os portões às 18h.