Em pronunciamento na terça-feira (14), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que uma sociedade tem o dever de prevenir a gravidez indesejada, investindo no planejamento familiar e na promoção da adoção, mas jamais instituindo o aborto como alternativa legal. O parlamentar destacou que a prática representa “o assassinato de crianças indefesas”, além de afetar seriamente a saúde da mulher.
— Vários estudos científicos, como os de Barrett, Taylor, Howard, Harris, Coleman, Fergusson, concluem que nessas mulheres que praticam o aborto a incidência de doenças circulatórias, complicações hepáticas e placenta prévia cresce de forma assustadora. É 190% maior a possibilidade de essas mulheres contraírem câncer de mama. É 55% maior o risco de [terem] problemas mentais. [É] 220% maior, em relação às mulheres que não praticam aborto, o risco de dependência química. E olha qual é a grande chaga hoje que a gente vive no mundo, a grande pandemia da atualidade: em 150% dos casos aumenta, na mulher que faz o aborto em relação à mulher que não o pratica, o índice de depressão e suicídio.
Girão ainda criticou ato do Ministério da Saúde de revogação da portaria que estabelecia que os serviços de saúde deveriam comunicar às autoridades policiais os casos de aborto decorrentes de estupro, preservando materiais que pudessem auxiliar na identificação do estuprador por meio de exames genéticos. O senador ainda afirmou que o PT tem posições históricas muito claras e contundentes a favor da legalização do aborto, apesar de o presidente Lula ter se declarado contrário ao tema durante a campanha eleitoral.
O parlamentar ressaltou que o Congresso Nacional, em sintonia com a vontade da grande maioria da população, vem legislando em favor da vida e impedindo o avanço de qualquer iniciativa pró-aborto, que nem sempre é explícita.