Palestras vão abordar situação da influenza aviária e riscos para o Brasil

Doença já está presente em quase todos os países da América do Sul

Fonte: CenárioMT

No contexto culinário, o termo frango remete a qualquer prato preparado com a carne de aves como as galinhas
Foto: arquivo ABPA

Avicultores de Lucas do Rio Verde e região estão convidados a participar de palestras sobre a influenza aviária. Elas vão acontecer na próxima quarta-feira (08) no auditório da Prefeitura Municipal a partir de 18 horas.

A iniciativa é do Indea (Instituto de Defesa Animal) em parceria com a Famato, Senar, Associação Mato-grossense de Avicultura e Ministério da Agricultura e Pecuária.

AviculturaSerão abordados a situação da influenza aviária no mundo e aspectos clínicos da doença. Além disso, os profissionais que comandarão os trabalhos vão falar do atendimento emergencial pelo serviço veterinário oficial e biossegurança.

A influenza aviária começou a surgir nos Estados Unidos. Por meio de aves migratórias, a doença se espalhou pela América do Sul. Apenas Brasil e Paraguai ainda não têm registro da influenza em seus territórios.

Prevenção

A médica veterinária do Indea em Lucas do Rio Verde, Andreia Lodi, explica que o objetivo das palestras é orientar os produtores a ficarem atentos e desenvolverem ações preventivas. “Como agir em caso de suspeita e qual a nossa atuação em relação a isso. É um alerta que é feito pelo Ministério da Agricultura por meio de convênio com o Indea e todos os órgãos de defesa do país”, explicou.

Ela explica que estão sendo desenvolvidos estudos para identificar porque algumas regiões que não contam com o fluxo de aves migratórias e foram afetadas pela doença.

“Ressalto que no Brasil não há nenhum foco da doença e é por esse motivo que a gente tem que ficar alerta”, reforça.

Transmissão e sintomas

Andreia Lodi adianta que a transmissão de aves para humanos se dá por contato mais próximo, não por consumo de ovos ou da carne da ave.

“O agricultor que cria galinhas para consumo, não fique assustado. Não há necessidade de abater as aves de sua granja, da sua propriedade, não. É bom reforçar que no Brasil ainda não há caso, mas para ficar alerta para sintomas de aves doentes”, adverte.

Entre os sintomas, a médica veterinária cita a morte súbita da ave, torcicolo, falta de coordenação motora, problemas respiratórios, inchaço de barbela, diarreia, entre outros.

“Caso ocorra suspeita de doença na propriedade, chamar o Indea. Não matar essas aves, não levar as aves pra outro canto, não transitar com as aves para outros locais, simplesmente chamar o Indea. A gente vai lá, faz a coleta, faz toda uma educação, notifica. Existe todo um protocolo de vigilância, somos treinados pra que tudo ocorra com calma”, orienta.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.