O governo federal prometeu nesta quinta-feira (19) que até o fim do mês de janeiro vai anunciar o reajuste do valor das bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A declaração foi feita pelo ministro da Educação, Camilo Santana, depois do encontro com reitores de universidades e institutos federais no Palácio do Planalto, em Brasília. “A ideia é que até o final desse mês o presidente Lula possa anunciar o reajuste das bolsas da Capes como do CNPq”, afirmou.
Segundo o ministro da Educação, os novos montantes devem valer a partir do momento de anúncio. A nova quantia, porém, ainda não foi divulgada, mas há uma avaliação de conceder 40% de reajuste.
A Capes é responsável pela expansão e pela consolidação da pós-graduação do país, o que engloba investimentos na formação de mestres e doutores, divulgação da produção científica e avaliação dos cursos. É responsável também pela formação de professores da educação básica. Entre as bolsas pagas pela Capes estão as de R$ 1.500 para mestrado, R$ 2.200 para doutorado e R$ 4.100 para pós-doutorado.
No fim da gestão anterior, houve uma crise diante da possibilidade de estudantes não receberem as bolsas. Em dezembro, o Ministério da Educação, então comandado por Victor Godoy, informou que o governo iria publicar uma medida provisória para liberar R$ 2 bilhões que estão bloqueados para a área, que devem beneficiar, entre outras coisas, as universidades federais.
O MEC passou por uma série de cortes, com alguns bloqueios. A limitação de recursos tem impactado diretamente as instituições superiores, que chegaram a anunciar a inviabilidade de pagar contas de água e luz e honrar bolsas estudantis e salário de médicos que atuam em hospitais universitários.