Dócil e ao mesmo tempo dona da peçonha (veneno) mais letal do Brasil, uma cobra coral-verdadeira protagonizou uma cena que tem chamado a atenção nas redes sociais.
Tudo começou quando o biólogo Christian Raboch fez o resgate da coral em um residência, na última sexta-feira (06), em Jaraguá do Sul, Santa Catarina (SC).
Após a captura, o profissional levou a cobra para a sede da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama). No dia seguinte, ao verificar as condições da coral, Raboch teve uma surpresa.
A coral vomitado (regurgitou) uma cobra-de-duas-cabeças, que por mais que tenha esse nome, não é um serpente.
“É raro resgatar uma serpente logo após ela ter ingerido uma presa. E vai de cada animal regurgitar ou não”, explica o biólogo, especializado no resgate de animais silvestres ao G1.
A cobra-coral verdadeira, de 69 cm, será enviada ao Butantan para extração do veneno e produção do soro antiofídico.
Mesmo tendo uma peçonha de ação neurotóxica, os acidentes com cobras-corais são raros, pois elas não costumam dar botes. Atacam geralmente quando são machucadas, como por exemplo, se alguém pisa em seu corpo.
COBRA CORAL
Cobra-coral é uma denominação comum a várias serpentes da família Elapidae, da tribo Calliophini, que podem ser subdivididas em dois grupos: corais do Velho Mundo e corais do Novo Mundo.
Existem 16 espécies de corais do Velho Mundo, pertencentes aos gêneros Calliophis, Hemibungarus e Sinomicrurus, e mais de 65 espécies de corais do Novo Mundo, incluídas nos gêneros Leptomicrurus, Micruroides, e Micrurus.
Estudos genéticos indicam que as linhagens mais basais de corais se encontram na Ásia, indicando que elas se originaram no Velho Mundo. No Brasil, podem ser conhecidas pelos nomes cobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira, ibiboboca, ibiboca e ibioca.
As cobras-corais não dão “bote” e apresentam hábitos fossoriais, vivendo em sua maior parte escondidas embaixo de troncos e folhagem. A dentição é do tipo proteróglifa, característica que certamente as diferem das falsas-corais, que apresentam dentição opistóglifa ou áglifa.
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