A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Alta Floresta, cumpriu nesta terça-feira (03) a prisão de um foragido da Justiça investigado por causar a morte de uma família, durante um acidente em 2020, no município.
O investigado, 31 anos, estava foragido desde outubro do ano passado, quando a Justiça decretou novamente a prisão dele após descumprir diversas medidas cautelares e ter perdido recurso de habeas corpus.
O delegado de Alta Floresta, Thiago Berger, explica que diversas diligências foram feitas na região e em cidades vizinhas para localização do acusado. Após ação conjunta do Núcleo de Inteligência da Regional de Alta Floresta e da Delegacia Municipal, o foragido foi identificado, localizado e preso em Sinop, onde estava escondido. Posteriormente, será recambiado a Alta Floresta.
Mortes e prisão
O acidente ocorreu em 03 de maio de 2020, na rodovia MT-208, que liga Alta Floresta a Paranaíta. A camionete conduzida pelo acusado, um modelo VW Amararok bateu de frente com o carro da família, um modelo Sandero. Ao realizar uma ultrapassagem proibida, V.S.J. acabou colidindo com o carro da família que vinha em sentido contrário, causando a morte dos quatro passageiros – dois adultos e duas crianças.
O acidente causou as mortes de Jacinto Faquinello, de 50 anos; Elizandra Aparecida de Freitas, de 34 anos e das crianças – João Vitor de Freitas Silva, 7 anos e Nicolly Gabrielli Batista de Freitas, de 9 anos, respectivamente filho e sobrinha do casal.
Após ser preso em flagrante e indiciado pelos crimes de homicídio com dolo eventual, condução de veículo sob influência de substância alcoólica e fuga de local de acidente, durante a pandemia, o indiciado foi posto em liberdade, mediante o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, como recolhimento domiciliar no período noturno.
Contudo, ele continuou a frequentar festas e consumir bebida alcoólica, sendo flagrado em estabelecimentos comerciais da cidade no período noturno, o que caracterizou o descumprimento das medidas cautelares impostas pela Justiça. A Polícia Civil representou pela prisão preventiva, que foi decretada e cumprida no dia 15 de julho de 2022.
No dia 17 de julho do ano passado, porém, o investigado foi posto em liberdade mediante uma decisão liminar concedida em habeas corpus. Em outubro de 2022, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso julgou o mérito do habeas corpus e cassou a decisão liminar. Em 06 de outubro foi expedido novo mandado de prisão e, desde então, ele estava foragido.