Cobra-cipó mostrando sua perfeição nas camuflagens; VEJA

Fonte: CenarioMT

A coloração da maioria das espécies do gênero é uma mistura de tons de verde, vermelho e laranja, com olhos amarelos e negros.
A coloração da maioria das espécies do gênero é uma mistura de tons de verde, vermelho e laranja, com olhos amarelos e negros.

Em mais uma de suas incríveis publicações, Haroldo Bauer – O Rei das Serpentes – mostrou como a cobra-cipó tem a capacidade e perfeição em suas camuflagens.

O vídeo gravado no agreste pernambucano no habitat natural dessas serpentes que chamam a atenção por sua beleza.

Cobra-cipó é o nome popular das serpentes do gênero Chironius. Também é conhecida pelo nome boiobi, que é de origem tupi e que significa “cobra verde”, através da junção dos termos mboîa (“cobra”) e oby (“verde”).

A coloração da maioria das espécies do gênero é uma mistura de tons de verde, vermelho e laranja, com olhos amarelos e negros.

Essas espécies são muito agitadas e velozes. Geralmente, fogem no momento em que são avistadas. São muito ariscas e podem morder caso impeçam sua fuga. Sua coloração as ajuda a confundirem-se com o ambiente, principalmente por passarem a maior parte do tempo nas árvores e arbustos (daí o nome popular “cobra-cipó”, pois elas realmente lembram cipós ao repousarem em plantas).

Atingem cerca de 1,20 metros, sendo serpentes muito finas e relativamente compridas. Alimentam-se de lagartos, pássaros e pererecas.

A reprodução é ovípara. Põem entre quinze e dezoito ovos com o nascimento previsto para o início da estação chuvosa.

YouTube video

A cobra

A cobra, também chamada de serpentes, são répteis poiquilotérmicos (ou pecilotérmicos) sem patas, pertencentes à subordem Serpentes, ou Ophidia. São bastante próximos dos lagartos, com os quais partilham a ordem Squamata.

Há também várias espécies de lagartos sem patas (como, por exemplo, o licranço ou cobra-de-vidro) que se assemelham às cobras, sem estarem relacionados com estas, no entanto.

A atração pelas serpentes é chamada de ofidiofilia. A repulsão é chamada de ofidiofobia. O estudo dos répteis e anfíbios chama-se herpetologia (da palavra grega herpéton, que significa “aquilo que rasteja” – em especial, serpentes).

Há duas ideias concorrentes e ferozmente contestadas sobre a transição de lagartos para cobras. A primeira diz que as cobras evoluíram no oceano, e só mais tarde recolonizaram a terra. Esta hipótese depende da estreita relação entre cobras e répteis marinhos extintos chamados mosassauros.

A segunda hipótese diz que as cobras evoluíram de lagartos escavadores, que estendiam seus corpos e perderam seus membros para melhor escorregar no seu caminho através do solo. Nesta versão, cobras e mosassauros evoluíram ambos de forma independente a partir de um ancestral arrastador de terra, provavelmente algo parecido com um lagarto monitor.

Descrito em 2015, um pequeno espécime com um corpo sinuoso longo, da formação brasileira Crato, Tetrapodophis amplectus, apoia a última ideia.

 Além disso, as comparações entre tomografias computadorizadas de fosseis e répteis modernos indicam que as cobras perderam suas pernas quando seus ancestrais evoluíram para viver e caçar em tocas.

Chironius scurrulus no Parque Nacional Yasuni, no Equador
Chironius scurrulus no Parque Nacional Yasuni, no Equador. Foto: flickr.com

Embora existam alguns pesquisadores que acreditam que as serpentes estão mais profundamente relacionadas a lagartos varanoides, não há uma identificação mais clara sobre qual seria o grupo de varanoide mais relacionado evolutivamente.

Eles também acreditam que os grupos de lagartos varanoides mais provavelmente relacionados com serpentes são os das famílias Lantanotidae e Mossassauridae.

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Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.