Caixas encontradas no litoral de São Paulo podem ser de navio nazista

Fonte: G1

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Foto: Fundação Florestal

Dezesseis caixas foram encontradas e recolhidas nos últimos dois dias nas praias de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. Segundo apurado, mais objetos foram localizados, mas não puderam ser recolhidos por conta do mar agitado. Imagens mostram a equipe da Fundação Florestal de Iguape, no interior paulista, retirando os objetos da praia.

Há suspeita é de que as tais ‘caixas’ sejam fardos de borracha de um navio nazista naufragado. A hipótese foi confirmada nesta sexta-feira (11), pelo biólogo e professor Clemente Coelho Junior, que participou de pesquisas sobre o aparecimento desses objetos na costa nordestina.

“As características desses fardos que têm chegado ao Sul e Sudeste são as mesmas desses fardos de látex que têm chegado aqui no Nordeste”, comentou.

O gestor da Área de Relevante Interesse Ecológico da Zona de Vida Silvestre da Ilha Comprida e membro da Fundação Florestal, Marco Aurélio Oliveira, disse que os objetos recolhidos são como pacotes de borracha. “A gente faz fiscalização na praia inteira, são 74 Km de [extensão]. Eles estavam em diversos pontos”.

“A explicação mais plausível, segundo os estudos indicam, é que esses fardos de látex estavam sendo transportados por navios nazistas, e o que explica a chegada deles ao litoral brasileiro, em especial o litoral do Nordeste, é a corrente Sul Equatorial”, afirmou Coelho Junior.

De acordo com Oliveira, ainda não foi definido o que será feito com os objetos recolhidos. “A gente está recolhendo tudo, trazendo aqui para o escritório da Fundação Florestal de Iguape, que é nosso escritório regional, e vamos aguardar alguma informação adicional dos encaminhamentos que vamos dar para eles”.

Oliveira explicou que sem conhecimento do que seria o material, os profissionais utilizaram equipamentos de proteção individual (EPI’s) para a remoção dos pacotes. “A gente não sabia até então qual tipo de material que era. Vendo que não tinha perigo de contaminação, fizemos a coleta”, explicou.

O gestor ressalta que os objetos despertam em relação à história e procedência por trás deles. “Para nós foi uma grande surpresa. A gente não se depara com esse tipo de material com frequência”.

A Prefeitura de Ilha Comprida confirmou o encontro dos objetos e disse, também, que a Fundação Florestal é responsável pela remoção dos mesmos e estudará a melhor destinação.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.