Desde a noite de domingo (30), rodovias de todo o Brasil começaram a ser bloqueadas por caminhoneiros como forma de protesto à derrota do atual presidente da república Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. Já são mais de 267 pontos de manifestação incluindo concentrações, obstruções e interdições. Tal ação já começa a impactar o mercado nacional, incluindo a energia solar.
O interior de São Paulo é considerado um polo logístico para grandes empresas, distribuidoras, fábricas e transportadoras. Uma das maiores empresas de energia solar do Brasil encontra-se em Presidente Prudente e os efeitos dos bloqueios nas rodovias começaram a ser sentidos na rotina da organização. “Na manhã de hoje já remanejei minhas entregas para rotas em que sabemos que ainda não existem manifestações. Estamos monitorando de perto a situação para que nossos clientes não sejam tão impactados pelos protestos no país.” Explica Douglas Andrade, dono da Solar Power Photovoltaic, empresa no ramo solar com mais de 4.800 instalações em todo o Brasil.
“O Brasil vive um momento turbulento e quem trabalha com energia solar sabe que os desafios são imensos. Temos aí a lei da ‘taxação do sol’ que entrará em vigor no próximo ano, tivemos um governo que foi eleito que gera muita desconfiança no perfil do nosso consumidor… O empresário vai precisar se esforçar muito para continuar a fazer o país crescer e gerar empregos. Não vamos desistir! Temos muito trabalho pela frente” completou o empresário.
Na noite desta segunda-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes ordenou que a PRF desbloqueasse todas as rodovias ocupadas pelos caminhoneiros que fazem parte da manifestação. O magistrado ressaltou que a decisão é de caráter imediato e, se não for cumprida, terá multa de R$ 100 mil a partir da meia-noite do dia 1º de novembro.
BR bloqueada: Comércios fecham mais cedo e liberam funcionários para reforçar manifesto