A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta segunda-feira (8) sobre o engajamento do jovem eleitor no processo democrático.
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA), que pediu a realização do debate, afirma que é essencial para a democracia incentivar jovens e adultos a participarem do processo de escolha dos representantes políticos e da fiscalização da atuação dos eleitos.
A parlamentar afirma que, apesar de o número de alistamentos eleitorais realizados nos três primeiros meses de 2022 ter aumentado em relação às duas últimas eleições gerais no Brasil, “alguns dados comprovam que o cenário não é tão otimista”.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ([[g IBGE]]) estima que o Brasil tem cerca de 10 milhões de adolescentes entre 16 e 17 anos. De janeiro a março, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores nessa faixa etária. Mais do que emitido em 2018 (877.082) e em 2014 (854.838).
Apesar do engajamento de instituições e até de artistas para estimular os jovens a tirarem o título de eleitor, a série histórica do TSE mostra uma tendência de queda no alistamento eleitoral de adolescentes. “Em 2012, por exemplo, foram mais de quatro milhões de pedidos para tirar o título de eleitor entre os que tinham de 15 a 18 anos, marca que não foi ultrapassada de lá para cá”, comparou Lídice da Mata.
Já a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), que também sugeriu a audiência, quer discutir o impacto das fake news nesse processo eleitoral.
Foram convidados para participar do debate, entre outros, um representante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz.