As principais lideranças de entidades que promovem a qualificação profissional em Mato Grosso, foram convocadas pelo governo do estado para elaborar um plano de preparação de mão de obra. A intenção é desenvolver um conjunto de ações para que os jovens que estão no ensino médio, além da população que está em busca de oportunidade, recebam preparo e qualificação, conforme as vagas de emprego disponíveis no mercado.
Participaram da discussão, na tarde desta segunda-feira (23), no Palácio Paiaguás, representantes do IFMT, Fiemt, Fecomércio, Unemat, Sebrae, Senai, Senar, Famato, Senac, Secitec e Seduc.
Junto à vice-governadoria, eles irão atuar como grupo de trabalho que irá operar de forma conjunta para construir soluções eficientes e coordenadas na qualificação de jovens, dos adultos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e demais pessoas que estiverem à procura de certificação profissional.
Para o vice-governador Otaviano Pivetta, existe hoje uma série de ofertas de trabalho no setor técnico, que não estão sendo preenchidas pela falta de habilitação. O que poderia ser resolvido, segundo ele, com a identificação do perfil que o atual mercado de trabalho necessita.
“É notório como faltam diversos perfis de mão de obra técnica e de outro lado temos gente com diplomas universitários, que muitas vezes estão sem emprego ou fora da área em que se formou”, pontuou.
O plano com as propostas deverá ser apresentado nos próximos dias ao governador Mauro Mendes.
Para Marcus Taques, pró-reitor de Extensão do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), a importância do grupo de trabalho tem como ponto essencial evitar o desperdício de recursos.
“É fundamental que tenhamos essa clareza da atuação de cada instituição presente hoje no propósito de qualificar a mão de obra, mas sem que criemos sombras de atuação entre as nossas soluções e públicos. Vamos somar forças”, observou o pró-reitor.
De acordo com o secretário executivo da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Amauri Fernandes, Mato Grosso conta hoje com cerca de 30 mil alunos matriculados nos anos finais escolares e que possuem faixa etária entre 15 e 18 anos.
“Um público que precisa de renda salarial, está apto a trabalhar, mas sem atuar ainda por não possuir a capacitação que o mercado exige. E isso, diante de um cenário mercadológico que está cada vez mais exigente, dinâmico e tecnológico”, disse o secretário.