A Secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso e presidente da Abema, Mauren Lazzaretti, afirma que, para discutir as particularidades dos Estados, é importante que todos possam ter a oportunidade de conhecer a realidade local. Na visita, foram apresentadas as estratégias de recomposição e preservação da RPPN, e o trabalho integrado com o Poder Público para a prevenção e combate aos incêndios no Pantanal.
“Na RPPN que estamos conhecendo são realizadas diversas ações que permitem integrar o conhecimento tradicional do pantaneiro com a pesquisa acadêmica. Tradição e ciência que auxiliam no desenvolvimento da região”, explica a secretária.
Vivência no Pantanal
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, José Mauro O’de Almeida, avalia que essa reunião presencial da Abema, após a pandemia, possibilitou uma maior troca de experiência entre os gestores.
“Renovamos as nossas diretrizes daquilo que realmente importa em termos de preservação do meio ambiente. Vimos a como a relação entre o público e privado deve ser incentivado, empoderado, e um caminho a seguir em todos os estados”, afirmou sobre a visita técnica.
Para o secretário estadual de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, o tamanho continental do Brasil é um dos maiores desafios para a definição de políticas públicas de meio ambiente.
A reunião da Abema foi transparente no tratamento de temas importantes como o licenciamento, e a gestão climática, foram os pontos fortes da reunião, reitera Alaimar Fiuza, presidente do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo. “Saímos daqui reanimados para lidar com os desafios do setor ambiental, acreditando ainda mais que a parceria privada, pública, e comunidade, de fato gera uma gestão adequada dos recursos”.
Maior RPPN do Brasil
Christiane Caetano, superintendente do polo socioambiental Sesc Pantanal, relata que a reserva completa 25 anos desde o início da recuperação da área. O Serviço Serviço Social do Comércio (Sesc) adquiriu a área que era, em sua maioria, de pasto, e fez um projeto para a regeneração da vegetação nativa.
“O turismo é muito importante para a região porque é por meio dele que as pessoas conhecem esse projeto, a cultura pantaneira”, destaca sobre a importância da unidade ser uma “vitrine” de experimentações.
No local há monitoramento de fauna silvestre, mais de 70 pesquisadores trabalhando em parceria no local e 170 publicações científicas. Além disso, toda a estrutura de preservação emprega 370 funcionários, com mais de 90% de moradores da localidade que possuem um vínculo com o pantanal.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma categoria de unidades de conservação de caráter privado e perpétuo.