O Senado homenageou nesta quarta-feira (13) Luiz Fernando Bandeira de Mello, que teve seu retrato incluído na Galeria de Ex-Secretários-Gerais da Mesa do Senado Federal. A cerimônia, realizada no Salão Negro do Congresso Nacional, teve a participação de dois ex-presidentes da Casa: o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Eunício Oliveira. E também contou com a presença do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). A galeria fica localizada na Secretaria-Geral da Mesa (SGM).
Luiz Fernando Bandeira de Mello tem 42 anos e é natural do Recife (PE). Consultor legislativo licenciado do Senado, Bandeira atuou como Consultor-Geral Adjunto em 2007 e 2008. Logo depois, assumiu o cargo de Advogado-Geral do Senado. Entre 2014 e 2015, foi Diretor-Geral da Casa. E entre 2014 e 2021 atuou como Secretário-Geral da Mesa do Senado Federal. Foi ainda conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público na vaga do Senado e atualmente ocupa uma vaga no Conselho Nacional de Justiça, indicado também pelo Senado como cidadão de notório saber jurídico e reputação ilibada.
Participaram igualmente da solenidade o atual Secretário Geral da Mesa, Gustavo Sabóia Vieira; a Diretora-Geral, Ilana Trombka e dois ex-secretários-gerais, Nerione Nunes Cardoso e Cláudia Lyra.
Em seu discurso, Davi Alcolumbre disse que Bandeira é um exemplo a ser seguido pelos servidores de carreira da Casa e ressaltou que, graças ao trabalho do ex-secretário e dos servidores, foi possível que o Senado funcionasse no período mais crítico da pandemia.
— Porque foi tendo um auxiliar como o Bandeira que a gente conseguiu promover profundas alterações no processo legislativo brasileiro. E falo de maneira muito especial do período em que estive na Presidência do Senado. Porque o título de primeiro parlamento do mundo a utilizar a votação remota nas deliberações deu para o Senado do Brasil a visibilidade que talvez os outros países não tinham percebido. E foi a partir do Senado Federal que a gente pôde fazer, de fato, inclusive cursos de transferência de tecnologia de orientação para outros países que seguiram o modelo do Brasil. Isso é uma coisa de que a gente precisa se vangloriar — afirmou o parlamentar.
Luiz Fernando Bandeira agradeceu a homenagem e aos presentes na cerimônia. Elogiou o trabalho de seus predecessores e do atual Secretário, bem como dos colegas da Casa. Sobre o sistema de deliberação remota, implementado durante sua gestão no cargo, afirmou que ele permite hoje ao Senado “funcionar sob circunstâncias completamente inesperadas”.
— Quando se desejou num passado remoto fechar o Congresso Nacional, o que se fez foi colocar dois tanques aqui na frente do gramado. Hoje, com a atual realidade do sistema remoto, dois tanques aqui não bastam para fechar o Congresso Nacional, porque os parlamentares se reúnem em qualquer lugar, onde estiverem. Isso faz parte de um processo de valorização da democracia, um processo de construção democrática, que os senadores, deputados, são os grandes atores, mas que nós juntos temos a obrigação coletiva de garantir as condições para que ele se desenrole, para que ele se desenvolva, para que ele vire e mostre o caminho onde o país deve seguir — disse.
Ilana Trombka lembrou do afeto e da empatia que Bandeira conquistou como servidor exemplar e que deixou uma marca no Senado.
— Acho que nunca mais teremos na história do Senado Federal um servidor que em tão pouco tempo ocupou tantos cargos importantes. E ele não ocupou os cargos, ele transformou todos os lugares por onde ele passou.
Eunício Oliveira elogiou a trajetória do homenageado e a maneira competente com que conduziu a SGM, com dedicação para que o presidente pudesse ter um mandato reconhecido e representativo para o povo brasileiro.
— Portanto, eu quero dizer que ninguém melhor do que você, que ascendeu na carreira, poder ser exemplo para os demais companheiros. Bandeira é esse homem simpático, sempre rindo, sempre disponível e sempre muito competente, capaz e trabalhador.
Gustavo Saboia enalteceu o trabalho e dedicação de Bandeira na modernização dos processos legislativos.
— Nos altos padrões estabelecidos pelos secretários-gerais anteriores, o quanto o Bandeira trabalhou pra digitalizar os processos, coisas que se tornaram possíveis ali naquela época, mas que foram primeiramente implementadas aqui no Senado Federal, e não “de fazer por fazer”, mas com propósito de tornar o processo legislativo mais inteligível, o processo legislativo mais democrático, de mais fácil compreensão pelo cidadão. O Bandeira organizou o novo portal do senado, o portal do congresso assumiu diversos desafios.