O dólar opera com pequenas variações nesta terça-feira (5), chegando a ser negociado abaixo de R$ 4,60. Às 9h27, a moeda norte-americana era vendida a R$ 4,6132, em alta de 0,12%. Na abertura, chegou a R$ 4,5833.
Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de R$ 1,27%, vendido a R$ 4,6076 – o menor valor desde 4 de março de 2020 (R$ 4,5806). Com o resultado, acumula queda de 3,19% no mês e de 17,35% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os preços do petróleo sobem, diante da perspectiva de mais sanções contra a Rússia , grande exportadora da commodity.
“Todo mundo está apenas pensando sobre o que vem a seguir em termos de sanções à Rússia, haverá realmente discussões significativas sobre a proibição das importações europeias de petróleo e carvão russos?”, questionou Danni Hewson, analista financeira da AJ Bell, segundo a Reuters.
A União Europeia provavelmente adotará uma nova rodada de sanções contra a Rússia, enquanto os Estados Unidos também planejam novas medidas nesta semana para punir Moscou por assassinatos de civis na Ucrânia.
Por aqui, a agenda da semana inclui a divulgação da inflação oficial de março. Por conta da greve dos servidores do Banco Central, não foi divulgado nesta semana o boletim Focus, com as (estimativas do mercado para inflação, PIB, taxa de juros e câmbio.
O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e juros em patamares mais elevados no Brasil. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
O movimento do dólar nas últimas semanas também é um reflexo do maior fluxo de capital estrangeiro para o país devido ao diferencial de juros com o exterior e perspectiva de que o Banco Central irá promover novas elevações na taxa Selic para tentar controlar a inflação. Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.