Pensa numa sucuri grande; assista

Fonte: CenarioMT

Estas cobras vivem perto de córregos, rios e lagos. Apesar de não serem ágeis em ambiente terrestre, elas são muito rápidas dentro d’água podendo ficar até 30 minutos sem respirar. Possuem hábitos crepusculares e noturnos.
Foto: reprodução

Pensa numa sucuri grande que foi vista as margens de um rio! (VÍDEO ABAIXO)

A sucuri surpreende pelo seu tamanho imponente e sua beleza. O mais gratificante no vídeo que está circulando nas rede sociais, sem dúvida, é ver a cobra livre na natureza, sem ter sido atacada pelo ser humano.

Os humanos são os principais responsáveis pela morte dessa espécie. Algumas pessoas as matam, por vezes, por apenas diversão e outros que não tem o conhecimento adequado sobre esses animais.

De acordo com o Biólogo Henrique Abrahão – O Biólogo das Cobras – (SIGA NO YOUTUBE), a sucuri dificilmente poderia atacar uma pessoa para devorá-la. A cobra somente atacaria uma pessoa, caso fosse incomodada ou se sentisse ameaçada.

Assista a seguir, ao vídeo enviado ao CenárioMT por Luan Negrini, administrador da página Sou Pescador Nato no Instagram, onde vemos essa bela sucuri em seu habitat natural.

A SUCURI

A sucuri é uma cobra da família Boidae, pertencente ao gênero Eunectes e sua distribuição geográfica é restrita à América do Sul.

Até o momento são conhecidas quatro espécies de sucuri ─ Eunectes notaeus, Eunectes murinus, Eunectes deschauenseei e Eunectes beniensis ─ sendo as três primeiras com ocorrência no Brasil e a última ocorrente na Bolívia.

A Eunectes murinus é a maior cobra do continente americano, chegando a medir até 11 metros e 60 centímetros, e a segunda maior a nível mundial, perdendo em tamanho apenas para a cobra píton (Python reticulatus) do sudeste Asiático.

A cor das diferentes espécies de sucuri varia conforme a espécie. A Eunectes murinus possui um colorido de fundo que varia da verde oliva a preta, com pares de ocelos escuros em cada lado do dorso, e o ventre é amarelo, com manchas muito irregulares.

É mais frequente o seu avistamento em ambientes da Amazônia e do Cerrado onde o padrão de coloração da sua pele ajuda na camuflagem.

Já a espécie Eunectes notaeus que possui um porte menor tem um colorido de fundo mais amarelo e ao longo de todo o corpo e cauda existem manchas pretas que atravessam o dorso de um lado ao outro, em forma de sela. São encontradas em áreas que inundam anualmente, como a região do Pantanal, no Brasil.

Estas cobras vivem perto de córregos, rios e lagos. Apesar de não serem ágeis em ambiente terrestre, elas são muito rápidas dentro d’água podendo ficar até 30 minutos sem respirar. Possuem hábitos crepusculares e noturnos.

A estratégia utilizada para caçar é a da espreita seguida do bote. As sucuris não são venenosas, pois não possuem dentes inoculadores de veneno, mas sua mordida é forte o bastante para atordoar sua presa que rapidamente é envolvida pela musculatura forte e robusta da serpente.

Utilizam esta tática em animais que se aproximam dos corpos d’água para beber, surpreendendo sua presa em potencial dando o bote e matando-a por constrição e afogamento. Na dieta das sucuris é possível encontrar diversos vertebrados, como por exemplo: peixes, rãs, lagartos, jacarés, aves e roedores.

É mais frequente o seu avistamento em ambientes da Amazônia e do Cerrado onde o padrão de coloração da sua pele ajuda na camuflagem.
cobra sucuri

São cobras vivíparas, podendo parir mais de 50 filhotes numa gestação de oito meses, com tamanhos entre 60 cm e um metro de comprimento. As fêmeas são maiores que os machos, atingindo maturidade sexual por volta dos seis anos de idade. De modo geral, as espécies de sucuri podem viver por até 30 anos.

O ser humano é o maior responsável pela morte deste réptil devido ao medo que sentem desta cobra e devido também ao interesse pela pele da sucuri que no comércio internacional é bastante valiosa para o mercado da moda.

Ataques a pessoas por sucuris são bastante raros. Porém, imagens de filmes fictícios como Anaconda, estão fixadas no imaginário popular, e contribui desta forma para a má fama das sucuris de devoradora de homens, o que não representa a realidade. Quando se sentem ameaçadas pelo homem, as sucuris geralmente mordem como forma de defesa.

A captura e a manipulação inadequada destas cobras é que costumam resultar em acidentes. (Por Camila Oliveira da Cruz; Mestre em Ecologia (UERJ, 2016); Graduada em Ciências Biológicas (UFF, 2013))

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Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.