Filhotes de onça foram flagrados em uma estrada no município de Claudia, em Mato Grosso (MT).
No vídeo gravado por Paulo Douglas Correa, dois filhotes de onça aparecem em meio a uma estrada e a situação chamou a atenção dele e outras pessoas que estavam em um veículo.
O vídeo ganhou destaque na página Destinos Turísticos de Mato Grosso, no Instagram e ganhou inúmeras visualizações e comentários.
Assista:
De acordo com o Biólogo Henrique Abrahão (SIGA NO YOUTUBE), trata-se de filhos de onça-parda e ao contrário do que possa parecer, os felinos não estão perdidos, ou seja, a mamãe onça estava nas proximidades.
Ainda de acordo com o biólogo, se caso a pessoa que estava filmando, descesse do carro, poderia dar de cara com a fera.
“Nós tivemos um caso parecido nos Estados Unidos, onde um camarada encontrou os filhotes na pista e a mãe veio muito enfurecida atrás dele. Ele teve que andar de costas até ela ir embora”, comentou Abrahão.
Ao analisar o vídeo, Henrique Abrahão relata que ” a mãe poderia estar caçando por perto. Ela tem um raio de proteção dos filhotes. Ela pode não te visto o carro, mas ela (onça) com certeza estava por ali”, explicou.
“Quero aproveitar para salientar sobre esse problemas de as pessoas pegarem filhotes (o que não foi o caso do vídeo acima, pois o homem poderia ser atacado facilmente na concepção do Biólogo Henrique). Segundo que as pessoas tem costume de fazer isso com filhotes de pássaros, as pessoas veem um filhote de coruja, por exemplo, vão lá e pegam. Os pais não abandonam os filhotes, eles sempre estão por perto”, acrescentou.
Além de tirar os filhotes da convivência dos pais, a ação causa outro problema, de acordo com Abrahão.
“Depois as pessoas acabam levando esses filhotes para alguma instituição. A instituição muitas vezes não tem condições de cuidar do filhote adequadamente e o animal acaba por morrer. Raramente a gente consegue salvar. As pessoas precisam deixar a natureza como ela está, simples assim. Não é sair pegando os bichos de maneira nenhuma, essa é a recomendação”, finalizou o profissional.
A onça-parda possui a maior distribuição geográfica entre os mamíferos terrestres do Ocidente.
Historicamente, a espécie era encontrada desde a Columbia Britânica até o extremo sul do Chile, ocorrendo por quase todo o continente ao longo dessa distribuição, com exceção do Caribe e de algumas regiões desérticas do Chile.
Recentemente, foi confirmada sua presença no território do Yukon, no Canadá. Apesar da presença da espécie na região ter sido suspeita desde 1944, somente em 2000 um espécime foi avistado e capturado no sudoeste de Yukon, e não é sabido se trata de uma população com baixíssima densidade ou de indivíduos de passagem.
A espécie foi extinta do leste dos Estados Unidos no fim dos anos de 1890, com exceção de uma pequena população isolada na Fórida, na região das Everglades.
Não existem registros recentes da espécie na Nicarágua, El Salvador e Honduras, na América Central; e em várias regiões da Venezuela, Peru, Argentina e no Uruguai, na América do Sul.
No Brasil, provavelmente está extinta da faixa litorânea que se estende desde o Maranhão até Sergipe, assim como em parte do leste da Bahia.
Dado sua ampla distribuição, a onça-parda possui grande adaptabilidade e ocorre em inúmeros habitats, desde áreas desérticas até densas florestas, áreas de clima tropical e subártico, do nível do mar até 5 800 metros de altitude, só não ocorrendo na tundra.
Esse felino procura ocupar áreas com grande quantidade de locais em que seja possível criar emboscadas e com abundância de pelo menos uma espécie de animal de médio porte.
Entretanto, não raro, a onça-parda pode ser encontrada em ambientes absolutamente sem vegetação, como desertos. Aparentemente, em algumas regiões dos Estados Unidos, a espécie está ocorrendo em habitats onde antes não ocorria, dado a introdução de espécies de cervídeos.
Ela pode evitar áreas em que ocorre a onça-pintada (Panthera onca), ocupando, muitas vezes, áreas mais secas e abertas quando comparadas com o habitat da onça-pintada.
É tolerante a alterações do ambiente provocadas pelo homem e se não caçada, pode existir em áreas altamente fragmentadas. Áreas de habitat conectados com baixa cobertura vegetal e reflorestamentos com níveis intermediários de distúrbios também são viáveis para a espécie.
No nordeste do estado de São Paulo foi constatado que ela utiliza fragmentos tão pequenos quanto 30 ou 14 hectares, apesar de em outras regiões da Mata Atlântica não utilizar fragmentos menores que 300 hectares. Mesmo assim, pode ser encontrada em pastagens, plantações de cana-de-açúcar e de Eucalyptus.
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