A Polícia Militar prendeu um homem de 59 anos, nesta terça-feira (05.10), por estupro e lesão corporal de sua ex-cunhada, no município de Juína.
Segundo informações, a vítima relatou aos policiais que o suspeito teria dado a ela certa quantidade de drogas em troca de relação sexual. Mas, como ela não aceitou, o homem a teria agredido com um golpe de facão no seu pé e a estuprado. Os policiais identificaram vários hematomas no pescoço e no pé da vítima. Ela disse ainda oas policiais que é usuária de drogas e mora na casa do suspeito.
O suspeito negou o crime e contou aos policiais que aceitou a mulher morar com ele porque ela seria irmã de sua esposa (já falecida). Ele foi preso e conduzido pela PM para a Delegacia.
A violência sexual contra a mulher no Brasil
No primeiro semestre de 2020, foram registrados 141 casos de estupro por dia no Brasil. Em todo ano de 2019, o número foi de 181 registros a cada dia, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 58% de todos os casos, a vítima tinha até 13 anos de idade, o que também caracteriza estupro de vulnerável, um outro tipo de violência sexual.
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento.