Em pronunciamento, nesta quarta-feira (29), o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) discordou da tramitação do projeto de lei (PL) 3.093/2021 que proíbe a exportação de animais vivos para abate no exterior. Para o senador, essa matéria, que está na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), poderá prejudicar bastante esse segmento econômico, relevante para o País, principalmente para o estado do Pará, que ele representa, e para parte do Maranhão, que também exporta gado vivo.
Zequinha esclareceu ainda que tanto os produtores, quanto os transportadores e os comercializadores dessas cargas vivas estão sempre atentos e prezam muito pela qualidade de vida dos animais que são comercializados.
— Esse tratamento envolve várias coisas; não só a questão da sanidade animal, mas também o bem-estar de modo geral, a alimentação, o trato, o cuidado, o manejo sob todos os aspectos — declarou.
Zequinha ressaltou ainda ser de total interesse dessa cadeia produtiva tratar esse segmento comercial com muita “responsabilidade e competência”, em razão de os exportadores desses animais não se interessarem em “comprar um animal que esteja machucado, maltratado, mal-alimentado, e assim sucessivamente”.
— Portanto, digo a todos os colegas da CDH, que é muito importante a gente conhecer esse processo de exportação in loco para tirar todas as possíveis dúvidas e permitir que o segmento econômico, que é significativo no e para o Brasil, possa continuar, porque quem compra o animal vivo o faz porque não quer comprar a carne. E se nós não vendermos, ele vai lá no Uruguai e compra, porque lá também se vende animal vivo. Se não tiver no Uruguai, ele vai à Colômbia e compra, porque lá também há, naturalmente, sendo muito grande o potencial desses dois países. Assim sendo, nós não podemos desconsiderar esse mercado sob alegações sem conhecimentos de causa, não têm nenhum fundamento — afirmou.