Mato Grosso avançou na produção industrial no período de 10 anos, segundo a Pesquisa Industrial Anual Empresa 2019 (PIA Empresa), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O valor da transformação industrial – a diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações industriais – do estado aumentou de R$ 9,4 bilhões, em 2010, para R$ 18 bilhões, em 2019.
Desse valor, R$ 17,4 bilhões foram das indústrias de transformação e R$ 594,6 milhões das indústrias extrativas. Em 2018, o total do valor do estado havia sido de R$ 17.339.082.000.
A pesquisa investiga as empresas industriais e suas unidades locais produtivas (espaço físico no qual são desenvolvidas as atividades econômicas de uma empresa) e constitui uma importante fonte de informações estatísticas sobre o segmento empresarial da atividade industrial no Brasil, sendo utilizada para o cálculo do PIB e fornecendo subsídios ao planejamento econômico de órgãos governamentais e entidades empresariais privadas.
A fabricação de produtos alimentícios (54,3%) foi a principal atividade industrial de Mato Grosso em relação ao total do valor da transformação industrial.
A participação de Mato Grosso no valor da transformação industrial do Centro-Oeste, que foi de R$ 77.206.781.000 em 2019, foi de 23,4%.
Em 2010, porém, havia sido de 25,7%. Já a participação do Centro-Oeste em relação ao valor da transformação industrial do país cresceu de 4,5%, em 2010, para 5,6%, em 2019.
Mato Grosso fica na 15ª posição no ranking dos estados em valor da transformação industrial para unidades locais produtivas industriais em empresas com cinco ou mais pessoas ocupadas, com 1,3% de participação sobre o total no Brasil.
Na lista de receita líquida de venda em unidades locais produtivas industriais em empresas com cinco ou mais pessoas ocupadas, porém, o estado vai para 12º colocado, com 2% de participação do total brasileiro. Já no ranking de pessoal ocupado, Mato Grosso também fica em 12º lugar, com 1,4% do país.
Fabricação de produtos alimentícios (54,3%); fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (12,7%); e fabricação de bebidas (7,5%) foram as principais atividades industriais de Mato Grosso em relação ao total do valor da transformação industrial. Demais atividades da indústria respondem por 25,5%.
A receita líquida de vendas aumentou de R$ 26.695.801.000, em 2010, para R$ 66.678.027.000, em 2019, no estado. O pessoal ocupado em 31 de dezembro subiu de 92.261 para 102.412 no período. Os salários, retiradas e outras remunerações passaram de R$ 1.485.572.000 para R$ 3.048.592.000 na mesma comparação.
A publicação Pesquisa Industrial Anual Produto 2019 (PIA Produto) aponta que carnes de bovinos frescas ou refrigeradas foi o primeiro colocado no ranking de produtos/serviços industriais por valor de produção em unidade locais produtivas industriais em empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas em Mato Grosso, com R$ 15.147.295.000.
Tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, inclusive cascas, palhas e outros resíduos dessa extração; óleo de soja refinado; adubos ou fertilizantes dom nitrogênio, fósforo e potássio (NPK); e álcool etílico (etanol) não desnaturado, com teor alcóolico em volume maior ou igual a 80%, para fins carburantes (destinado para ser adicionado à gasolina) completam os cinco primeiros na lista.
A PIA Produto constitui a principal fonte de informações sobre a produção de bens e serviços industriais no Brasil e permite uma análise da composição e evolução da produção industrial brasileira, através do acompanhamento de mercados específicos e das articulações através das cadeias produtivas.
Segundo a pesquisa, carnes de bovinos congeladas; carnes e miudezas de aves congeladas; biodiesel e suas misturas, que não contenham ou que contenham menos de 70%, em peso, de óleos de petróleo ou de óleos minerais betuminosos; óleo de soja em bruto, mesmo degomado; e rações utilizadas na alimentação de animais vem logo na sequência.
Em 2019, foram pesquisados cerca de 3.400 produtos fabricados pelas 32 mil empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas e suas 38,5 mil unidades locais produtivas industriais no país.
A série da pesquisa teve início em 1966 e apresentou, até 1995, resultados em anos intercensitários, com exceção dos anos de 1971 e 1991.
A partir de 1996, a PIA-Empresa foi adequada aos parâmetros do modelo de produção das estatísticas industriais, comerciais e de serviços. Nesse modelo, os censos econômicos quinquenais foram substituídos por pesquisas anuais.