Acadêmicos da Unilasalle, de Lucas do Rio Verde, retomaram o projeto que analisa os custos com alimentação em relação ao salário mínimo. Eles foram a comércios do município levantando informações sobre o custo da cesta básica. A pesquisa tem o objetivo de verificar se o salário mínimo é compatível com o custo de vida no município. Os dados foram coletados em quatro estabelecimentos comerciais – supermercados e incluem o levantamento de itens de entrada (as marcas mais baratos) até os mais caros.
Os itens pesquisados foram leite longa vida, feijão carioca, arroz branco, farinha de trigo, açúcar, café em pó, óleo de soja, margarina, batata inglesa, tomate, cebola, banana, maçã, pão francês, carne tipo coxão duro e carne tipo ponta de peito.
De acordo com a universidade, o acompanhamento deste estudo será mensal. A intenção é promover uma métrica de custo de alimentação básica em Lucas do Rio Verde. O projeto integra o Núcleo de Pesquisas em Administração e Ciências Contábeis (NUPAC) do Unilasalle/Lucas.
Metodologia
A pesquisa realizada foi quantitativa, utilizando o método de levantamento de dados. Foram coletados, no dia 04 de junho de 2021, os preços dos produtos da cesta básica em quatro estabelecimentos. Além de levantar dados sobre os valores dos produtos da cesta básica, a pesquisa também apura o valor salarial adequado para a manutenção de uma família composta por 4 pessoas: dois adultos e duas crianças.
A pesquisa apurou que a cesta básica mais em conta custou R$ 428,20. Porém, no estabelecimento pesquisado não foram encontrados todos os produtos estipulados. No comércio que tinha todos os itens da cesta básica, o preço final é de R$ 536,54. Levando em conta o local com todos os itens, a cesta básica mais cara saiu por R$ 589,67, mostrando uma variação de 9,90%. Se o consumidor optar pelos produtos mais baratos nos quatro estabelecimentos, a cesta custaria R$ 475,18, podendo economizar 19,42%.
Salário mínimo
A pesquisa também apurou que o trabalhador que recebe o salário vigente no país (R$ 1.100,00 para uma jornada mensal de 220 horas) tem que trabalhar 108,5 horas para adquirir a cesta básica.
Para comprometer 35,71% do rendimento com alimentação, o trabalhador teria que ter salário mínimo de R$ 4.735,90.