Indicação de novo terminal no centro gera divergências na Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde

Vereador Márcio Albieri citou construção iniciada no final de 2020 e que está paralisada sem conclusão

Fonte: Da Redação

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Uma indicação apresentada ontem, durante a sessão da Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde, gerou divergências. Assinada por 6 dos 9 vereadores, ela sugere a implantação de um terminal urbano no centro da cidade, mais precisamente na Praça dos Migrantes. O documento foi assinado por Gilson Souza, Daltro Figur, Ideiva Foletto, Noel Dias, Sandra Barzotto e Wlad Mesquita.

Na indicação os vereadores destacam a importância do terminal, tendo em vista o crescimento de veículos nas ruas e a necessidade de alternativas para o deslocamento da população. A implantação do terminal é vista como essencial para atender a comunidade, diminuindo o fluxo de veículos. A praça dos Migrantes é vista como estratégica para atender o embarque e desembarque de passageiros pela centralização e proximidade com a área bancária e comercial do município. “Considerando a centralização de diversas instituições financeiras, consultórios e clínicas médicas e/ou comércio varejista em geral, a Praça dos Migrantes é, com certeza, um ponto em potencial para implantação de um Terminal Urbano”, reforça a indicação.

Divergência

Por outro lado, o vereador Márcio Albieri lembrou que o ex-prefeito Luiz Binotti iniciou a construção de um terminal urbano na Avenida Amazonas, próximo ao Viaduto Bromildo Lawisch. A obra, contudo, foi paralisada. O vereador cita que a escolha do local seguiu recomendação de um estudo técnico realizado na época junto a comerciantes e usuários do transporte público. A empresa que realizou o estudo foi contratada com recursos amealhados junto ao setor privado. “A consultoria custou R$ 100 mil e não foi pago com dinheiro público, foi ‘passado o chapéu’ entre comerciantes das avenidas que margeiam a BR 163”, explicou durante a sessão. A consultoria, além de sugerir o terminal de integração na Avenida Amazonas, levantou outras situações de mobilidade urbana. Construção de viadutos e acessos à rodovia federal foram indicados no estudo.

Para Albieri, um terminal no centro traria mais problemas que soluções. Segundo ele, o fluxo que virá ao terminal vindo dos diversos bairros da cidade vai gerar mais movimentação de veículos no centro da cidade.

A líder do Executivo, Sandra Barzotto, disse que o terminal em construção está sendo feito numa área de domínio da concessionária Rota do Oeste. “Isso fez com que a obra fosse paralisada. Pois estamos lutando pela duplicação da BR 163. E de que adianta o município construir essa obra e ter que depois destruí-la? E foi pensando no dinheiro público que a obra foi paralisada, que é para melhor pensar nela. Por isso veio a indicação de que esteja mudando o local desse terminal”, defendeu. Ela destacou que a logística do local do terminal em construção é bem complexa.

Foi sugerida audiência pública para definir que situação seria adotada pelo município em relação ao terminal de integração.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.