Dezenas de comerciantes e trabalhadores deste segmento estiveram agora pela manhã em um manifesto organizado ao longo dos últimos dias na Prefeitura de Lucas do Rio Verde. O ato, pacífico, reuniu trabalhadores e comerciantes com cartazes pedindo liberação para atividade noturna.
O grupo se reuniu ainda no estacionamento e se organizou numa marcha, ao som do Hino Nacional, até a entrada principal do Paço Municipal. Depois de alguns minutos, o prefeito Miguel Vaz foi conversar com os manifestantes. O coordenador de Governo, Aluízio Bassani, acompanhou o prefeito.
Miguel dialogou com os manifestantes, expondo a preocupação da administração pública com a situação econômica decorrente da pandemia. Ele disse reconhecer os prejuízos enfrentados por comércios que atuam no período noturno, como pizzarias, restaurantes e lanchonetes.
O prefeito se comprometeu em discutir caminhos que possam auxiliar no pleito apresentado pelo grupo. Ele ressaltou que o poder público tem algumas limitações em determinações tomadas pelo Governo Estadual por meio do decreto. “Eu não sou a favor de impedir as pessoas trabalharem. Pelo contrário, eu sou totalmente a favor”, assegurou.
Os manifestantes chegaram a se ajoelhar no acesso ao Paço Municipal enquanto uma comerciante falava.
Outros integrantes do manifesto aproveitaram para fazer questionamentos ao prefeito Miguel Vaz, que pediu calma e ordem. Ele informou que se reuniria com uma comissão de representantes dos comerciantes para avaliar a situação. O gestor deixou claro que tem limitações para agir.
Durante o manifesto foi entregue ao coordenador de Governo, Aluízio Bassani, cópia de documento elaborado em reunião pelos comerciantes, com pontos pedindo a flexibilização de horário e outros pleitos, como a isenção do Alvará de funcionamento e outras taxas municipais. Os comerciantes alegam que, como não tem tido receita em seus estabelecimentos, seria justo isentar do pagamento destas obrigações.
Um dos vereadores chegou a sugerir que o município edite decreto flexibilizando horário de funcionamento, seguindo as medidas de biossegurança. O prefeito, porém, descartou essa possibilidade, lembrando que outros municípios tentaram adotar decretos locais. A Justiça determinou a revogação dos decretos.
Fiscalização
Alguns comerciantes reclamaram da forma como a fiscalização tem ocorrido. Foi relatado que os agentes têm entrado armado nos locais ou conduzindo mulheres e crianças para o interior dos estabelecimentos. O prefeito municipal se comprometeu em abordar o assunto junto à fiscalização.