Quatro pessoas foram detidas neste sábado durante a Operação Libertas. A ação envolveu cerca de 40 pessoas, entre policiais civis e militares de Lucas do Rio Verde, e contou com reforço de policiais civis de Diamantino e Nova Mutum. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão e incursão no Centro de Detenções Provisórias do município.
Ao todo foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão em residências no bairro Tessele Junior. A operação aconteceu após denúncias de que moradores da localidade estariam sofrendo coações físicas, morais e psicológicas de membros de facção criminosa. Investigações identificaram os suspeitos responsáveis pelos atos.
Em entrevista à imprensa, o delegado Marcelo Maidame, informou que os valores apreendidos não tiveram justificada a origem. Os suspeitos detidos são apontados com envolvimento no tráfico de drogas no município. Entre os materiais apreendidos estão uma arma de fogo, capsulas não deflagradas, pequenas porções de entorpecente e muitos aparelhos celulares.
“O objetivo (dos integrantes das facções) é mostrar poder. O Tessele é um bairro que apresenta muitos problemas, mas chega ao ponto de não haver registros de ocorrências de eventuais vítimas. Demonstra que ali estão trabalhando num Estado paralelo”, observou o delegado, citando que os moradores do Tessele Junior devem estar cientes que as forças de segurança estão unidas e que eles podem colaborar com as Polícias Civil e Militar com informações e denúncias por meio dos telefones 197 e 190. “Temos investigadores e policiais militares trabalhando de forma conjunta”, ressaltou.
“As forças de segurança estão presentes em Lucas do Rio Verde. Nós somos o Estado e a nossa palavra é que deve prevalecer”, destacou o delegado Gilson Silveira, responsável pela Delegacia de Polícia Civil em Diamantino.
Arma de fogo
O comandante do 13º BPM, Tenente Coronel Secchi, comentou sobre o volume de dinheiro apreendido e a arma de fogo que estava com um dos suspeitos. “Essa arma pode ter sido usada para cometer algum crime ou até homicídio, vai ser investigado posteriormente pela Polícia Civil”, declarou o oficial militar, destacando que a ausência de cercas ou muros entre as residências do Tessele Junior facilita a ação dos delinquentes que, em abordagem policial, acabam invadindo residências, impondo medo nos moradores. “Se fossem muradas as casas, teria mais facilidade para o policiamento e para as investigações”, constatou.
CDP
Durante a Operação Libertas, houve uma incursão nas celas do Centro de Detenções Provisórias. Policiais civis, militares e penais, contando com o reforço de cães do Serviço Ostensivo de Operações, fizeram uma varredura no CDP de Lucas do Rio Verde. De acordo com José Ronaldo Frutuoso, diretor da unidade, nenhum material ilícito foi encontrado.
“Isso porque todas as equipes, todos os dias, têm entrado dentro da unidade para fazer essas buscas. Então mantido um trabalho muito sério ali dentro”, ressaltou José Ronaldo.
O Ministério Público também participou da ação no Centro de Detenções Provisórias.