O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), concluiu a construção de cinco pontes de concreto na Rodovia Transpantaneira (MT-060), em substituição às pontes de madeira que foram queimadas nos incêndios que atingiram a região do Pantanal no ano passado. Faltam apenas a finalização do encabeçamento para entrega das obras.
A construção dessas pontes faz parte do plano de ações elaborado pela Sinfra, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômica (Sedec), e apresentado aos empreendedores, proprietários de pousadas e membros da associação do ecoturismo no Pantanal.
O objetivo é assegurar a infraestrutura rodoviária da MT-060 e, por consequência, colaborar com a recuperação econômica da região diante do cenário ocasionado pelas queimadas. Além das cinco pontes já concluídas, outras quatro pontes ainda estão previstas de serem executadas.
De acordo com o engenheiro da Sinfra, Michel Medina, as pontes têm estrutura pré-moldada, o que garantiu que a execução da obra fosse mais rápida. Foram, em média, 15 dias para a construção de cada uma das pontes. “As peças são fabricadas e a ponte é montada no local, toda pronta. Por isso, esse é um projeto muito mais rápido que as pontes convencionais, cujas obras demoram entre 60 e 90 dias”, disse.
Além da rapidez, a construção das pontes pré-moldadas também assegurou a redução de custos, a economia de recursos públicos, bem como a melhoria da trafegabilidade e segurança para os usuários da rodovia, uma vez que essas pontes estão recebendo um novo projeto de encabeçamento.
Michel Medina explica que o encabeçamento consiste em uma espécie de aterro nas cabeceiras da ponte para nivelá-las à altura da rodovia, sendo que nessas pontes o encabeçamento tem uma altura de 60 centímetros, muito mais baixo do que era realizado em gestões passadas.
“A altura das pontes, somando a viga, mais as lajes, ficaram em 60 centímetros. Isso ocasionou economia de aterro no encabeçamento das pontes e, por consequência, menos investimentos de recursos públicos para realização desses serviços”, esclareceu.
Em anos anteriores, a altura das pontes, somada à altura das vigas mais as lajes, chegava a 1,80 metro, sendo que essa estrutura estava a 1 metro acima da ponte de madeira substituída. “Ou seja, a ponte ficava cerca de 2,80 metros acima do nível da estrada”, disse o engenheiro.
Em razão desse desnível, os usuários da rodovia não tinham visão de quem trafegava do outro lado da ponte, o que provocava insegurança e gerava risco de acidentes. Para garantir a manutenção dessa segurança para aqueles que precisam transitar pela rodovia, além dessas pontes construídas, as demais pontes de madeira também serão alvos de melhorias a serem executadas pela Sinfra.
Já está nos planos da secretaria realizar a substituição de pelo menos 40 pontes de madeira por bueiros. Essas substituições são consideradas soluções importantes para reduzir eventuais problemas de tráfego na rodovia, uma vez que são alternativas mais resistentes que as pontes de madeira, com custo mais baixo do que a construção de uma ponte de concreto e igualmente eficientes. Hoje, das 120 pontes existentes na rodovia, 83 são feitas de madeira.