O diretor do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Adeildo Lucena, se disse preocupado com a situação dos médicos que atuam na linha de frente contra a Covid-19 após o anúncio feito pelo governador Mauro Mendes (DEM), nesta quarta-feira (10), de que mais 500 leitos de enfermaria e 160 UTIs serão abertos no estado.
“A classe médica está no meio disso e bastante exposta, como outros profissionais. O que a gente se preocupa é com a forma de contratação desses profissionais de saúde. Como vai ficar isso depois que a pandemia passar, porque a gente se expõe com risco de morte, mas e depois?”, questionou o diretor.
Mesmo assim, ele comemorou a decisão do governador e citou a fila de espera de pacientes que aguardam uma vaga de UTI em Mato Grosso.
“Eu vejo como positiva a abertura de mais leitos para pacientes com Covid-19. Isso, independente do setor público ou privado, é muito importante neste momento. Mas como isso vai ser feito, é em relação à gestão. A questão de abertura em unidades já existentes, ou a criação de um hospital de campanha, isso vai depender exclusivamente da gestão”, disse.
Adeildo relatou que a classe médica tem sofrido durante a pandemia.
“O que a gente tem que observar é em relação à questão médica em si. Nós estamos expostos, em uma situação bastante difícil. As pessoas circulando nos ambientes de pronto atendimento. Bastante paciente nas salas de espera”, disse ele.
O diretor ainda salientou que o “importante é que tenha leitos tanto em enfermarias quanto em UTIs para abrigar as pessoas que necessitam”.