Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), mostram que no ano passado, o setor atraiu R$ 13 bilhões em investimentos, sendo a maior parte desses recursos destinada a pequenos sistemas de geração solar.
Mesmo em meio à pandemia, o Brasil quase dobrou sua potência instalada em energia solar. No final de 2019, contava com potencial de 4,6 gigawatts (GW), e um ano depois, registrava 7,5 GW, representando crescimento de 64%.
Entre os estados brasileiros, Mato Grosso do Sul ocupa o 11° lugar no ranking de geração distribuída com 154,8 megawatt (MW), enquanto Campo Grande ocupa o 8° lugar no ranking das capitais com 31,7 MW, conforme dados de fevereiro da Absolar.
No ano passado o setor gerou mais de 86 mil novos empregos espalhados por todas as regiões do território nacional. Isso mostra que o mercado de energia solar está em ascensão.
De olho nesse novo nicho de oportunidades, a Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) por meio do Rede Solidária formou no final de fevereiro, a primeira turma de instalação em energia fotovoltaica, fruto de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Reginaldo Cabral da Silva, de 47 anos, está entre os 24 formandos. Ele que já tinha o curso de eletricista afirma que este fará dele um profissional mais completo. “Esse é um mercado que está crescendo e a expectativa é das melhores. Estamos num grupo de whatsapp para indicações e troca de informações da área. Tem colegas que já estão atuando e outros que vão abrir sua própria empresa”, afirma.
O curso prepara o aluno para as etapas de planejamento, instalação e manutenção dos sistemas de Energia Solar Fotovoltaicos, seguindo a legislação vigente e as normas aplicáveis à qualidade, à saúde, à segurança e ao meio ambiente. A atuação também abrange a prestação de consultoria técnica, gestão de projetos e equipes.
Considerada uma fonte de energia alternativa, renovável, limpa e sustentável, a energia solar fotovoltaica é a energia elétrica produzida a partir do calor e da luz solar, capaz de reduzir a conta de luz em até 95%. O curso ofertado em parceria com o Senai é destinado a famílias de baixa renda cadastradas no Programa Rede Solidária.
“Estamos muito confiantes nas possibilidades que este curso vai proporcionar aos alunos que agora estão capacitados para este mercado que está crescendo bastante. O Rede Solidária tem esse papel que é promover a emancipação das famílias de nossa comunidade, e a capacitação e profissionalização é fundamental para melhorar a colocação e entrada no mercado de trabalho. Agora nossa expectativa é abrir uma nova turma no segundo semestre, bem como outros cursos que já estão garantidos através da parceria com o Senai”, afirma Paulo Xavier Diretor Rede Solidária II, Unidade Iria Leite, no bairro Jardim Noroeste.
Mireli Obando, Subcom e Deise Helena, Rede Solidária
Foto: Chico Ribeiro