Aripuanã, município do noroeste mato-grossense de 22.714 habitantes, comemora nesta quinta-feira (31.12) seu 77º aniversário com ações do Governo do Estado em infraestrutura, agricultura familiar e saúde.
Segue em ritmo acelerado a pavimentação de 41,6 quilômetros da MT-208, entre Aripuanã e Passagem do Loreto, no acesso à BR-174. A obra, primeira ligação asfáltica do município, é executada pela Sinfra em cooperação com a Prefeitura. Os investimentos são de R$ 31,9 milhões.
Foi assinado contrato para construção de ponte de concreto sobre o Rio Aripuanã, com 240 metros de extensão, na MT-208, com encabeçamento de suas duas cabeceiras, com 1,73 km de extensão. Investimentos previstos de R$ 11,7 milhões, com recursos do Governo do Estado e da União.
É considerada fundamental para fortalecer o desenvolvimento econômico do município e da região, por permitir a ligação entre Aripuanã, distrito de Conselvan, Rondolândia e Rondônia. A emissão da ordem de serviço será em janeiro.
Está em andamento, a execução dos serviços de manutenção e conservação de 90,5 quilômetros da MT-208, entre Aripuanã e distrito de Conselvan.
Aripuanã foi um dos 22 municípios a receber doses de sêmen bovino de raças leiteiras (Holandesa, Jersey, Girolando ¾, Girolando 5/8 e Gir leiteiro), distribuídas a agricultores familiares, por meio do Mato Grosso Produtivo-Leite. O programa tem acompanhamento técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT).
A Secretaria de Estado de Saúde enviou ao município 1.900 testes rápidos para detecção do coronavírus e medicamentos para combatê-lo, num total de 81.815 comprimidos, entre azitromicina (10.059), ivermectina (8.047) e dipirona (63.709), também distribuído em gotas, com 1.565 frascos.
Entre janeiro e setembro deste ano, o Governo do Estado repassou R$ 18,337 milhões aos cofres municipais em ICMS, IPVA e Fethab, além de R$ 2.074 milhões em assistência social, transporte escolar e convênios na área de saúde entre 2019 e julho de 2020.
Economia
Segundo dados do IBGE de 2018, o setor industrial, com R$ 415,988 milhões, responde por 50,8% do Produto Interno Bruto PIB) municipal de R$ 818,257, seguido por serviços (R$ 141,763 milhões), administração pública (R$ 133,153 milhões), impostos (R$ 67,656 milhões) e agropecuária (R$ 59,695 milhões). O PIB per capita é R$ 37.215,51.
Está em implantação no município, com operações previstas em 2022, um projeto da Mineradora Nexa. Um investimento de 547 milhões de dólares, de exploração e beneficiamento de zinco, cobre e chumbo, na Serra do Expedito. Segundo o site da empresa, foram abertos 1.600 empregos na atual fase.
O projeto é considerado um dos dez maiores do mundo em zinco, com mina subterrânea de 2,3 milhões de toneladas de minério bruto por ano e produção de 120 mil toneladas de zinco. A expectativa de vida útil é de pelo menos 13 anos, considerando apenas as reservas, com possibilidade de extensão por mais seis anos.
A economia aripuanense é também fortemente amparada no extrativismo. É o maior produtor estadual de madeira em tora, com 682,4 mil metros cúbicos, e de lenha, com 140,7 mil m3; e o segundo em castanha do Pará, com 300 toneladas; além de uma produção de 598 toneladas de carvão vegetal.
Na pecuária, possui o 10º rebanho maior rebanho bovino mato-grossense, com 540,5 mil cabeças, das quais 7.049 vacas ordenhadas, com 9,15 milhões de litros de leite. O rebanho galináceo é de 80,7 mil cabeças, com 36 mil galinhas e 288 mil dúzias de ovos; suíno, com 12,3 mil cabeças e 2,2 mil matrizes; equino (4,7 mil) e ovino (3,5 mil).
Na agricultura, basicamente familiar, foi o maior produtor estadual de tomate em 2019, segundo o IBGE, com 750 toneladas; quarto maior de melancia (1.600 toneladas) e café (623 toneladas).
Produz ainda banana (1,89 mil toneladas), cacau, coco-da-baía, laranja, mamão, maracujá, palmito, pimenta do reino e urucum, na lavoura permanente; e milho (22,92 mil toneladas), abacaxi, amendoim, arroz, cana de açúcar, feijão e mandioca, na temporária.
História
O município foi criado, junto com vários outros, por meio do Decreto-lei 545, de 31 de dezembro de 1943, assinado pelo então interventor Júlio Strübing Müller. Este mesmo decreto dividiu o Estado em 15 comarcas.
Atualmente com uma área de 25.107,9 km2, Aripuanã chegou a ser um dos maiores municípios do mundo, com 145.510 km2, abrangendo os atuais municípios de Alta Floresta, Apiacás, Nova Bandeirante, Castanheira, Cotriguaçú, Juína, Juruena, Nova Monte Verde, Paranaíta, Rondolândia e Colniza.
O nome Aripuanã é indígena e significa água de pedra. Faz sentido, porque atual sede do município é às margens do Rio Aripuanã, junto às belíssimas cachoeiras Dardanellos e Andorinhas, além da dos Namorados. Outro destaque é a observação de pássaros, especialmente papagaios, tucanos, araras e corujas. Ao menos 400 espécies estão catalogadas.