Em Mato Grosso, a Polícia Civil sofre com a falta de 1.927 investigadores. Segundo o lotacionograma da instituição, dos 4 mil investigadores que o Estado deveria ter, apenas 2.073 cargos têm servidores concursados.
No balanço divulgado pela Polícia Civil, faltam 2.728 profissionais para atender as atividades administrativas e nas delegacias. Somente de delegados, há 184 cargos em aberto.
Já dos 1.200 cargos de escrivães, 522 estão vagos. Ainda existem vagas para analistas e técnicos de desenvolvimento econômico e social, além de técnicos administrativos.
Apesar do alto número de vagas, ainda não existe previsão para a realização de um novo concurso público, pois cargos como investigador e delegado só podem ser ocupados por servidores concursados.
O motivo, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) é o limite de gastos com salários, porque o Estado gasta mais de 49% do orçamento para esse gasto, limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A falta de servidores foi a causa do fechamento de 16 delegacias em 2019. Segundo o governo, os gastos para manter essas unidades abertas, sem o efetivo necessário para atender a população, tornaram a desativação necessária, até mesmo para ajudar a conter as despesas durante a situação de calamidade financeira.