“Arco Norte” se torna importante canal de escoamento de grãos e recebimento de fertilizantes, afirma Marino Franz

Produtores de Lucas e região passam a ter competitividade com nova operação da Cianport

Fonte: Cenário MT/ João Ricardo

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Empresa do ramo de logística inicia recebimento de fertilizantes e garante competitividade para produtores de Mato Grosso. Construída através da parceria entre duas importantes empresas do agronegócio brasileiro (Tapajós – Lucas do Rio Verde/MT e Agrosoja – Sorriso/MT), a Companhia Norte de Navegação e Portos – Cianport – com sedes nos portos de Miritituba-PA e Santana-AP, iniciou suas operações no ramo de logística no final do ano passado (2018) com recebimento de soja e milho produzidos em Mato Grosso no terminal portuário.

Neste ano, a empresa fez o primeiro comboio de barcaças de Miritituba até Santana, totalizando 18 mil toneladas de grãos (equivalente a 700 caminhões), com destino a Rússia.

A companhia deu mais um importante passo nesse mês de maio, quando começou a operar o terminal de descarga de fertilizantes a granel, com capacidade para 2 mil toneladas por dia. O fertilizante chega de navio, importado de vários países, até o porto de Santana-AP ou Belém-PA pelo Rio Amazonas, onde é transferido para as barcaças, que seguem até Miritituba pelo Rio Tapajós, onde está localizado o terminal da Cianport.

A partir daí são descarregadas diretamente para os caminhões, com destino a região norte e médio-norte mato-grossense, tendo como principais destinos cidades como Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, que formam juntas a maior região produtora de grãos do país. O transporte é feito através da rodovia BR-163, que ainda sofre com a falta de infraestrutura.

“Essa logística de subir com o grão, tanto de soja como milho e até mesmo farelo, e trazendo de volta o fertilizante, vai chegar ao seu ápice com o término da BR-163 que está programado para setembro ou outubro. Esse fator de terminar a BR-163, com a entrada de fertilizante, vai trazer muito mais condições competitivas para o produtor aqui (norte e médio-norte mato-grossense)”, salientou o empresário Marino Franz ao portal CenárioMT, afirmando que “a logística Norte ainda não conseguiu baixar o preço, tendo em vista que a estrada não esta pronta ainda. Terminando a estrada, achamos que os agricultores, as empresas, vão começar a colher os frutos dessa nova logística”.

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Primeiro comboio de soja da Cianport saindo do Porto de Miritituba/PA-Santana/AP rumo à Rússia.

O complexo da Cianport é formado por uma estação de transbordo em Miritituba e um terminal em Santana, no Amapá, com redução de até 35% dos custos com o transporte das “commoditties” (soja, milho e farelo). A empresa faz parte do corredor ‘Arco Norte’ e em poucos meses de operação já se destaca como importante alternativa para escoamento do grão produzido em Mato Grosso, tendo em vista que o Estado está distante de portos como Santos-SP e Paranaguá-PR, onde aumenta consideravelmente os custos com transporte da produção.

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A capacidade instalada de recebimento, expedição e transporte de grãos do Arco Norte (saída Norte) gira em torno de 20 milhões de toneladas, compreendo todas as empresas instaladas no porto de Miritituba-PA, sem contar com o recebimento de fertilizantes e exportação através de containers.

Outro fator importante que chamou a atenção dos investidores para o “Arco Norte” é a proximidade com o Canal do Panamá, que encurta a distancia para que a produção Mato-grossense chegue aos centros consumidores, como a Rússia e China, por exemplo.

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