Se há uma característica que é quase uma regra em crianças superdotadas é o fato de conseguirem por muitas vezes falar outras línguas antes mesmo da sua de origem.
Um exemplo disso é o pequeno Benjamin Muniz, brasileiro de 5 anos. Membro de duas sociedades de pessoas com Alto QI (Mensa e Intertel), o garoto primeiro aprendeu a falar inglês e só depois veio o português. A informação já foi confirmada pelo pai do garoto, Fagner Marques.
“Com um ano e meio ele começou a falar algumas palavras em inglês e aos três ele já falava fluentemente”, confirmou.
Questionado sobre que possíveis comportamentos dele poderiam ter influenciado o garoto, que naturalmente desfruta de um poder de cognição mais acentuado, Fagner citou alguns costumes da família.
“Aqui em casa eu sempre priorizo assistir séries estrangeiras com o áudio original. Também costumo ouvir muita música em inglês e até brincar com jogos eletrônicos sem tradução. Pelo fato de não ter tantas variações linguísticas como o português, acredito que o Benjamin percebeu uma maior facilidade na língua estrangeira, que foi se aprimorando com o tempo”, explicou.
Numa outra perspectiva de possíveis motivos do comportamento do menino, o Pós-PhD neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela comentou também que a empatia típica das pessoas com alto QI acabam por levá-las a adquirir os desejos dos pais e tentar buscá-los como forma de agradá-los.
“Ele é uma criança de cinco anos com idade mental de uma de oito, com vertentes, comportamentos de 5 e outros de mais idade. Esse lado mais maduro dele consegue de forma subconsciente e com uma cognição desenvolvida perceber a vontade dos pais, porque a criança quer agradar os pais, por mais que ele não saiba ou não tenha consciência disso. Tanto que ele torce pelos Estados Unidos na copa, e não para o Brasil, porque o pai fala muito sobre morar lá. Então a razão dele ter o inglês como prioridade, se dá ao fato não só ao fato de agradar ao pai, mas também porque eu acredito que o inglês seja mais fácil e tem um outro ponto: desenhos animados. Os desenhos originais em inglês atiçam mais a cognição dele do que os traduzidos”, disse o neurocientista.
“Tudo isso, de agradar o pai a todo custo, tem uma comprovação científica: pessoas de alto QI possuem mais empatia, em relação as outras. Ou seja, a região do córtex pré-frontal dele é mais desenvolvido e isso o torna mais empático e até com neurônios espelhos mais desenvolvidos”, completou.