Preparador mental esportivo explica como a neurociência pode auxiliar na alta performance de atletas

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Imagine poder melhorar o rendimento de atletas no esporte por meio da ciência? Um estudo de um pesquisador brasileiro pós PhD em Neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela,  sugere que a neuroanatomia e técnicas de reeducação e inteligência emocional já comprovadas podem elevar a performance esportiva a níveis inimagináveis.

De acordo com o preparador mental esportivo Lincoln Nunes, a neurociência desenvolve papel importante na performance do atleta, para que ele possa usar o cérebro para tomar decisões mais assertivas dentro de campo. Essa jornada começa dentro do cérebro, no córtex pré-frontal, onde as decisões, foco, memória e controle emocional se entrelaçam para criar o ambiente propício para o sucesso, “Mas ele não atua sozinho. Ele se conecta com áreas cruciais do sistema límbico, como a amígdala e o hipocampo, moldando a resposta emocional para os acontecimentos e conflitos do dia a dia. Uma reação à ameaça é interpretada de maneira singular pelo cérebro de cada atleta, influenciando diretamente o desempenho. A ansiedade, por exemplo, pode se tornar uma força dominante, prejudicando até mesmo os atletas mais talentosos”, explica o profissional.

Com uma série de técnicas validadas cientificamente, é possível cultivar a inteligência emocional para otimizar o rendimento atlético. Nunes destaca que a inteligência emocional é uma habilidade de dominar as emoções e alinhar o estado emocional com o sucesso, “Meditação, exercícios físicos específicos, terapia cognitiva e mudanças de hábitos são apenas algumas das ferramentas disponíveis para os atletas moldarem suas habilidades emocionais. Mas não é apenas a mente que entra em cena – uma abordagem multidisciplinar envolvendo profissionais de saúde física e mental, jogos de lógica e até mesmo avaliação de sono é fundamental para uma melhoria completa”, acrescenta o especialista.

O preparador afirma que é aí que a neuroplasticidade entra em ação, permitindo que o cérebro se reconfigure para otimizar o desempenho. Afinal, o esporte de alto nível não é apenas uma batalha física, mas também um campo de minas mental, “Este estudo inovador vai além do campo esportivo. A inteligência emocional não apenas melhora a performance, mas também a saúde mental dos atletas em geral. A interação com o público, colegas de equipe e a imprensa é cuidadosamente moldada, protegendo o equilíbrio emocional em todas as situações. Como um atleta vai ter alta performance se sua memória não está boa? Se seu sistema nervoso não está funcionando da forma correta?”, acrescenta.

Os resultados da pesquisa mostram que a partir de uma abordagem personalizada, ancorada em uma compreensão profunda das nuances cerebrais e emocionais, cada jogador pode trabalhar para performar com alta performance. Já que cada pessoa é única, os exames de neuroimagem e genéticos são ferramentas essenciais para a compreensão completa.

À medida que pesquisas pioneiras desvendam os segredos da mente, um novo capítulo na história esportiva parece se desenhar. Com cientistas, atletas e profissionais de saúde unindo forças, o potencial humano está sendo ampliado para alcançar patamares anteriormente inexplorados. O resultado é uma nova geração de atletas, moldados por ciência e paixão, prontos para escrever um legado de sucesso duradouro.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.