O Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns e que podem causar uma série de complicações e piora da qualidade de vida dos pacientes, de acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – aproximadamente 1% da população mundial com mais de 65 anos de idade possui a doença.
A doença ocorre devido à degeneração gradual de células cerebrais, que gera sintomas como lentidão e dificuldade de movimentos, postura inclinada e tremores, no entanto, suas causas ainda não são totalmente compreendidas.
Mas com os resultados de um novo estudo realizado por um grupo de pesquisadores da UCLA e de Harvard, publicado na revista científica “Nature Communications”, pode haver novos indicativos das causas do Parkinson, segundo o estudo, 10 agrotóxicos estão relacionados a danos neuronais causadores da condição.
As substâncias afetaram os neurônios dopaminérgicos, responsáveis pela produção da dopamina, neurotransmissor que tem como principal função gerar impulsos nervosos nos músculos, sua redução gera dificuldades no controle do movimento muscular e está relacionado ao desenvolvimento de Parkinson.
De acordo com o neurocirurgião especialista em Parkinson, Dr. Bruno Burjaili, o estudo permite compreender melhor quais substâncias podem ser perigosas e pensar medidas para proteger pessoas que têm contato diário com elas.
“Esse estudo ajuda a caminhar na direção de uma melhor regulamentação, para evitar que as pessoas que trabalham diretamente no ramo sejam expostas constantemente a esses produtos e, por isso, estejam mais suscetíveis a desenvolver a doença”.
Dentre os agrotóxicos identificados como como tóxicos pelo estudo, estão quatro inseticidas e três fungicidas que, em sua maioria, têm seu uso liberado nos Estados Unidos.