Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que os acidentes de transporte terrestre, independente do tipo de veículo, representam cerca de 20 a 50 milhões de lesões não fatais, muitas delas resultando em incapacidade. De acordo com o médico ortopedista Luiz Felipe Carvalho, as lesões geradas por acidentes devem ser tratadas com muita seriedade, já que, muitas vezes, podem incapacitar o paciente.
A OMS também indicou que as lesões causadas por essas colisões são a principal causa de morte de crianças e jovens entre os cinco e 29 anos. O Brasil, inclusive, é um dos países com os maiores números de óbitos e internações por acidentes de trânsito ao redor do mundo.
Segundo Dr. Felipe, um dos primeiros passos é avaliar o grau de lesão do paciente. “Seja em acidentes automobilísticos ou em outros tipos, é preciso verificar a dispersão de energia que esses acidentes podem causar, desde pequenas dispersões de energia, um traumatismo pequeno, em um acidente pequeno, até uma grande dispersão de energia naqueles politraumatizados”, afirmou.
Também é muito importante, segundo o ortopedista, preservar a função, o que significa verificar até que ponto o membro em questão foi lesionado e como deve ser feito o processo para “salvá-lo”;
Conforme o Departamento Nacional de Trânsito, em fevereiro de 2020, havia registrada no Brasil uma frota de 27,9 milhões de motos, incluindo-se motocicletas e motonetas. Segundo um estudo da Abramet, a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, só no primeiro semestre de 2021, 71.344 acidentes graves com a internação de condutores foram registrados no país.
“Os acidentes envolvendo motociclistas podem ser até mais sérios do que envolvendo carros, já que a pessoa fica totalmente descoberta para receber o impacto e a energia do acidente. Diante disso, é necessário bastante atenção com esses pacientes”, finalizou.