O primeiro-ministro António Costa anunciou o fim do programa de ‘vistos de ouro’ para 16 de março, programa que já recebia duras críticas que o acusavam de facilitar infiltrações ilegais e ocultação de capital.
O ‘visto de ouro’ era concedido por Portugal desde 2012 e concedia uma autorização facilitada de residência no país, e consequentemente para vários países da União Europeia, para estrangeiros que possuíssem, pelo menos, 500 mil euros investidos, em especial no mercado imobiliário.
Os brasileiros são os segundo que mais se beneficiavam do modelo, perdendo apenas para a China, mas além da classe mais rica, os novos imigrantes brasileiros que agora possuirão visto automático também podem ser impactados?
De acordo com o contabilista português, fundador da Moreira Contabilidade, Joaquim Moreira, a restrição pode reduzir a oferta de trabalho para os novos imigrantes.
“Em fevereiro, Portugal anunciou o visto automático para os países de língua portuguesa, o que traz mais facilidade e desburocratiza o processo para brasileiros, mas esse já não é um bom momento para tomar essa decisão, pela falta de qualificação necessária, alta do euro e custo de vida, entre vários outros fatores, mas pode piorar com a nova medida”.
“De certa forma, cortar o visto para quem realiza grandes investimentos, em especial no mercado imobiliário, pode impactar a oferta de trabalho nesse mercado, o que pode dificultar ainda mais a vida de novos imigrantes brasileiros”. Explica Joaquim Moreira.