Empreendedorismo: Quem Serão Seus Clientes e Consumidores no Futuro?

Procon emite dicas para compras seguras no Dia dos Namorados em Mato Grosso
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namoradas fazendo compras juntos

O mundo está em constante transformação, e isso reflete diretamente nos padrões de consumo. Com base nos dados divulgados pelo IBGE em 2022, fica evidente que o perfil da população brasileira está passando por mudanças significativas. Essa transição demográfica traz consigo desafios e oportunidades para o empreendedorismo.    De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), quase metade da população tem menos de 30 anos, com 43,3% em 2022. 

Sophia Utnick, dona de uma das maiores empresas de distribuição de cerveja em Nova York e CEO da Elite Intermodal Logistics, é uma empreendedora que entende a importância de se adaptar às mudanças do mercado. Para ela, compreender o comportamento dos futuros clientes e consumidores é essencial para o sucesso dos negócios.   Levando em  conta que os jovens de  agora serão seus clientes adultos em um futuro próximo, há necessidade  de  entender    o  que eles buscam e como se comportam.  A seguir, ela compartilha sua visão sobre as oportunidades trazidas pelas transformações demográficas, e os principais clientes que o  empreendedor irá se deparar nos próximos anos::

  1. Cautelosos: Esse grupo é caracterizado por pessoas que priorizam a segurança, o conforto e a estabilidade. São indivíduos mentalmente exaustos devido às suas responsabilidades familiares e profissionais. “Para conquistar esse público, é essencial investir em comodidade, oferecendo modelos de assinatura, programas de fidelidade e produtos em refis, além de garantir entregas pontuais e evitar erros que possam gerar frustrações”, destaca Sophia.
  1. Inconformados: Essas pessoas foram e são impactadas pelos acontecimentos globais, como a pandemia, e valorizam empresas que se alinham aos seus valores pessoais. São consumidores que defendem a diversidade, a inclusão e têm uma postura implacável em relação a comportamentos preconceituosos. “Para atender a esse público exigente, é essencial que as marcas demonstrem, por meio de ações concretas, que são sustentáveis, promovem a diversidade e estão comprometidas com a inclusão social”, explica Utnick.
  1. Condutores: A empreendedora destaca que os condutores são indivíduos inquietos, geralmente ligados à inovação. Eles estão dispostos a assumir riscos e são atraídos por experiências diferentes e estimulantes, que despertem seus sentidos e exijam habilidade cognitiva. Empresas que apostam na gamificação, no comércio interativo e em tecnologias inovadoras são as que mais despertam o interesse desse grupo. Eles são chamados de “condutores” porque impulsionam o comércio para novos caminhos e experiências.
  1. Conexões Valorizadas: Esse grupo de consumidores preza pelos valores comunitários e busca um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Valorizam em primeiro lugar conexões familiares e uma rotina menos acelerada, o que tornou o home office uma opção ideal para eles. Para conquistá-los, é importante oferecer produtos sustentáveis que promovam o bem-estar, além de estabelecer um relacionamento duradouro baseado em conexões emocionais.

Diante dessas perspectivas, fica evidente que os consumidores do futuro serão influenciados por fatores diversos, como a tecnologia, a sustentabilidade e a aderência a valores pessoais. Cada empresa precisa se adaptar a essas mudanças e ajustar suas estratégias para não perder a oportunidade de conquistar esses potenciais clientes. O empreendedorismo do futuro está diretamente ligado à compreensão e ao atendimento das necessidades desses diferentes grupos de consumidores.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.