Os DJs nunca estiveram tão em alta, tanto no conceito da população, quanto marcando presença em playlists nas principais plataformas de streaming do mundo. No entanto, apesar dessa popularização recente, os homens continuam dominando esse mercado, sendo a maioria dos DJs atualmente.
Mas na contramão desse destaque, muitas mulheres têm entrado nesta carreira e alcançado sucesso, ajudando a romper barreiras, como a DJ brasileira Ilka Oliver – que segue a carreira musical desde os 15 anos e tem trabalhos como os EPs “Disco Pink”, “Small Crime” e “Katana Ep.”.
“Ter mais mulheres DJs no cenário musical ajuda a destacar o talento incrível dessas profissionais, mesmo com os homens ainda sendo maioria, elas têm ganhado cada vez mais espaço e mostrado que podem brilhar tanto quanto. Nós percebemos uma mudança no consumo dos próprios ouvintes, que também estão mais abertos a uma maior diversidade de DJs”.
As dificuldades para se destacar
Mas apesar de ter se destacado cada vez mais, as mulheres ainda enfrentam várias dificuldades para entrar (e se manter nessa carreira).
De acordo com um estudo realizado pela empresa de tecnologia A2D2, utilizando dados do Top 100 da DJ Mag, as mulheres precisam trabalhar o dobro para ter o mesmo reconhecimento que os homens. Embora apenas 11 mulheres tenham figurado na lista dos 100 melhores DJs, a A2D2 relata que elas representam 40% dos 10 DJs que mais trabalharam.
“Ser DJ e conseguir se destacar não é nada fácil para ninguém, principalmente para as mulheres, que ainda enfrentam muitos desafios nesse meio, as oportunidades são mais difíceis, e o reconhecimento demora a chegar”.
“Mas todo o esforço vale a pena quando você consegue mostrar sua música para o público e ocupar um lugar de destaque. O momento de ver as pessoas curtindo seu som e reconhecendo seu talento faz todo sacrifício valer a pena”, ressalta a DJ Ilka Oliver.