Direito à desconexão: Entenda por que trabalhadores estão indo à Justiça por horas extras

Advogada explica como a tecnologia tem prejudicado a vida pessoal do trabalhador após o fim de seu expediente

Fonte: DA REDAÇÃO

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Você já ouviu falar do direito à desconexão? Ele tem sido cada vez mais buscado pelos trabalhadores brasileiros, de acordo com um levantamento realizado pela empresa DataLawyer, as ações judiciais pedindo a desconexão do trabalho após o fim do seu expediente dobraram em quatro anos.

O direito à desconexão se refere à realização de serviços relacionados ao trabalho após o fim do horário diário, geralmente feitos pelo meio digital, como responder e-mails e telefonemas sem pagamento de horas extras.

Doutora Lorrana Gomes 2

Segundo a advogada e consultora jurídica, Dra. Lorrana Gomes, ainda não há previsão legal para o direito, mas ele pode ser invocado de outras formas.

Ainda não existe uma lei específica que trate do direito à desconexão do trabalho, mas a CLT já reconhece os meios telemáticos e informatizados como forma de comando, controle e supervisão do trabalho, o que, se for usado fora da jornada de trabalho, pode se enquadrar como hora extra e dar direito ao funcionário de receber um acréscimo por isso”.

No entanto, ainda há muito o que evoluir quanto a isso, as normas ainda não são adequadamente específicas, o que pode prejudicar o trabalhador pois esse tipo de cobranças fora do horário se tornou mais comum após a pandemia com os trabalhos remotos” Explica.

Sobre o tema, a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que o simples uso de celular, e a mera possibilidade de o empregado ser chamado pelo empregador para prestar serviço fora do horário de expediente não configura regime de sobreaviso, ou seja, é necessário avaliar caso a caso.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.