No dia 10 de agosto comemora-se o Dia Internacional da Superdotação, data estabelecida pela OMS – Organização Mundial da Saúde, que tem como objetivo chamar a atenção para os casos de pessoas com alto QI.
Em geral, os resultados que indicam superdotação e altas habilidades são obtidos ainda na infância, no entanto, em situações mais raras também pode ocorrer mais tarde, como é o caso da Cirurgiã Plástica Dra. Elodia Avila, que descobriu aos 57 anos, após um teste de QI que revelou seus 141 pontos, o equivalente a 99,9 de percentil, que suas habilidades de destaque tinham relação com alta inteligência.
Na infância e na medicina: Os sinais de alto QI
Desde criança, Dra. Elodia Avila teve facilidade em aprender apenas observando e se destacava na escola.
“Quando criança eu gostava bastante de ler e percebia que realmente ficava imersa nas histórias, na escola me destacava nas minhas redações, e a pintura era um dos meus hobbies que desenvolvi de forma autodidata”.
“Na área da estética existem algumas habilidades muito importantes para qualquer profissional, uma visão tridimensional é uma das principais. Desde pequena tive facilidade com atividades manuais como pintura, escultura, entre outras, o que sempre me permitiu uma visão muito ampla”.
“Essa facilidade ajuda na área da cirurgia plástica pois me permite analisar mais facilmente aspectos como textura de pele, elasticidade, distensão, simetria, além de conseguir ter atenção em várias coisas ao mesmo tempo, o que possibilita um melhor resultado final e otimiza o processo” Narra Dra. Elodia Avila.
Uma descoberta rara de alto QI
“Eu fiz o teste de QI aos 57 anos e descobri que tinha 141 pontos, mas acabei não dando muita atenção a ele, no entanto, recentemente ao buscar saber mais sobre a alta inteligência e sociedades de alto QI, pude ter a dimensão dessa pontuação e, desde então, passei a buscar saber mais sobre a superdotação para utilizá-la na minha vida profissional” Conta.
De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências, especialista em Alto QI, membro de 7 sociedades de alto QI e consultor da Dra. Elodia Avila, a descoberta é rara pois o QI pode diminuir com a idade.
“Há mais crianças que fazem teste de QI por influência dos pais, mas hoje em dia, aumentaram o número de adultos que têm interesse em conhecerem mais a si mesmos e, por isso, buscam por testes de QI. Mas na idade dela, é extremamente raro, principalmente com essa pontuação tão alta. Ela já está fazendo parte do nosso grupo de adultos com muito alto QI e está muito satisfeita” Ressalta.