Dia da Cerveja: Beber traz benefícios à saúde? Confira mitos que você sempre acreditou!

garrafas de vidro de cerveja com vidro e gelo no fundo escuro

garrafas de vidro de cerveja com vidro e gelo no fundo escuro

No dia 4 de agosto, é celebrado o Dia Internacional da Cerveja, uma bebida que conquistou milhões de fãs ao redor do mundo, principalmente os brasileiros.

Muitos afirmam que a cerveja possui benefícios por conter antioxidantes e vitaminas do complexo B, além de potencial para baixar a pressão arterial. Mas será que essas alegações são verdadeiras? Vamos desvendar alguns mitos e verdades sobre o consumo de cerveja, de acordo com a avaliação da Nutricionista Dani Borges.

O que a ciência diz?

Um estudo britânico de longo prazo, realizado com homens e mulheres saudáveis durante 30 anos, revelou que mesmo o consumo moderado de cerveja pode aumentar em até três vezes o risco de doenças cerebrais e atrofia do hipocampo, “Muitos estudos e notícias informam que traz benefícios pro cérebro, mas isso é muito complexo. Por vezes estudos com camundongos mostram alguns resultados, mas nas pessoas é totalmente diferente. Outras vezes analisam o lúpulo e a cevada individualmente, e isso não quer dizer que os nutrientes desses ingredientes serão absorvidos em quantidade suficiente em apenas uma lata. Ou seja, precisaríamos beber muito, e com isso vem outras dezenas de malefícios do álcool”, alerta a nutricionista.

Dani explica que quanto a melhora na pressão arterial não são dados tão expressivos, e que existem outras práticas bem mais saudáveis e com resultados melhores para a pressão. “Bebendo uma lata, não perceberemos nada de tão especial. E bebendo mais que isso, a pressão arterial também pode ser afetada negativamente”, acrescenta.

Além disso, de acordo com a especialista, algumas cervejas, especialmente as de cereais não maltados, possuem carboidratos que podem elevar o índice glicêmico, comprometendo o processo de emagrecimento e inibindo a produção de testosterona, que compromete o ganho de massa muscular.

Vitaminas presentes na cerveja

Borges informa que a cerveja contém pequenas quantidades de vitamina B6, e que há muita propaganda enganosa sobre o assunto,  “É importante destacar que outros alimentos possuem níveis muito mais elevados dessa vitamina. Para adultos com até 50 anos, a ingestão diária ideal de vitamina B6 é de 1,3 mg. Pistache sem sal possui 1,70 mg, amendoim 0,30 mg. Enquanto a cerveja tem 0.046mg. (Em 100g), ou seja, é melhor comer uma boa refeição”, afirma.

Consumo consciente e responsável

Apesar de alguns estudos apontarem pequenos benefícios do consumo moderado de cerveja, é fundamental considerar os riscos à saúde quando a ingestão. Dani Borges ressalta que é essencial controlar a quantidade ingerida e evitar o consumo. Optar por cervejas artesanais, que geralmente têm maior qualidade, se te fazem beber menos que as marcas baratas de mercado, pode ser uma alternativa para beber menos e com maior apreço pela experiência.

Dani dá dicas de como diminuir o impacto da bebida:

– Consuma alimentos ricos em gordura e proteína antes de beber, pois isso pode diminuir a absorção do álcool.

– Hidrate-se bem antes, durante e depois do consumo de cerveja.

– Consuma a cerveja de forma moderada e evite o consumo exagerado.

– Intercale com sucos para reduzir a quantidade de álcool ingerida.

– Beba lentamente, permitindo que o fígado tenha tempo para metabolizar o álcool.

O melhor remédio para a ressaca

Caso você exagere na quantidade de cerveja, a nutricionista tem algumas dicas para aliviar os sintomas da ressaca. Além de descansar, é importante manter-se bem hidratado e consumir alimentos ricos em vitaminas e água, como pera e melancia.

Lembre-se: Se tiver dúvidas sobre como o álcool pode afetar sua saúde ou como diminuí-lo em sua dieta, consulte um profissional de saúde qualificado.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.