Comparação: Quando ela pode ajudar e quando ela pode te prejudicar?

A comparação desmedida é tóxica, mas ela também pode ser usada como ferramenta de evolução, afirma a terapeuta e especialista em comportamento empresarial, Simone Resende

Fonte: MF Press

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A comparação é algo natural do ser humano. Desde cedo somos incentivados a observar o desempenho de outras pessoas como referência para nossas escolhas, o que é um processo importante até mesmo no aprendizado na infância.

Mas a linha entre a comparação saudável e a prejudicial é tênue e pode afetar diretamente a saúde mental e o desenvolvimento pessoal, alerta Simone Resende, terapeuta e especialista em comportamento empresarial.

“A comparação é tóxica quando você ignora as particularidades de cada pessoa e quer forçar uma similaridade, sem que ela exista. Observar o sucesso ou as estratégias de alguém serve como inspiração e ajuda a estabelecer metas, mas não pode ir além de uma comparação saudável que lhe inspire”.

“Por exemplo, no ambiente profissional, comparar sua performance com a de um colega pode incentivá-lo a buscar capacitação ou a superar desafios, mas é preciso ter equilíbrio”, afirma.

Como usar a comparação de forma positiva?

1 – Inspire-se, não se desvalorize: Use o sucesso alheio como um estímulo, mas lembre-se de que cada pessoa tem um contexto único e faça adaptações;

2 – Estabeleça metas próprias: Ao invés de tentar imitar, foque em desenvolver seus pontos fortes e alcançar seus objetivos pessoais;

3 – Limite o uso de redes sociais: Evite se expor a conteúdos que promovam comparação desnecessária e banal, como as redes sociais;

A comparação está sendo prejudicial?

Por outro lado, é essencial saber identificar quando a comparação está sendo prejudicial e saber freá-la, ressalta Simone Resende.

“Se você se sente constantemente frustrado, ansioso ou incapaz, é hora de olhar para dentro e reavaliar suas referências”, conclui a especialista.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.