A comparação é algo natural do ser humano. Desde cedo somos incentivados a observar o desempenho de outras pessoas como referência para nossas escolhas, o que é um processo importante até mesmo no aprendizado na infância.
Mas a linha entre a comparação saudável e a prejudicial é tênue e pode afetar diretamente a saúde mental e o desenvolvimento pessoal, alerta Simone Resende, terapeuta e especialista em comportamento empresarial.
“A comparação é tóxica quando você ignora as particularidades de cada pessoa e quer forçar uma similaridade, sem que ela exista. Observar o sucesso ou as estratégias de alguém serve como inspiração e ajuda a estabelecer metas, mas não pode ir além de uma comparação saudável que lhe inspire”.
“Por exemplo, no ambiente profissional, comparar sua performance com a de um colega pode incentivá-lo a buscar capacitação ou a superar desafios, mas é preciso ter equilíbrio”, afirma.
Como usar a comparação de forma positiva?
1 – Inspire-se, não se desvalorize: Use o sucesso alheio como um estímulo, mas lembre-se de que cada pessoa tem um contexto único e faça adaptações;
2 – Estabeleça metas próprias: Ao invés de tentar imitar, foque em desenvolver seus pontos fortes e alcançar seus objetivos pessoais;
3 – Limite o uso de redes sociais: Evite se expor a conteúdos que promovam comparação desnecessária e banal, como as redes sociais;
A comparação está sendo prejudicial?
Por outro lado, é essencial saber identificar quando a comparação está sendo prejudicial e saber freá-la, ressalta Simone Resende.
“Se você se sente constantemente frustrado, ansioso ou incapaz, é hora de olhar para dentro e reavaliar suas referências”, conclui a especialista.