Um estudo recente publicado no CPAH Science Journal of Health investigou os testes de inteligência utilizados no Brasil e em Portugal, revelando as adaptações culturais, limitações e avanços em cada país.
O autor do estudo, Murillo Lima, Mestre em Psicologia pela Universidade do Minho e neuropsicólogo clínico em Lisboa, analisou como as diferenças na regulamentação e atualização dos instrumentos de avaliação impactam a prática clínica e a precisão dos diagnósticos neuropsicológicos, especialmente em contextos multiculturais.
A pesquisa revelou que a regulamentação brasileira, através do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), proporciona vantagens em termos de diversidade e atualização dos instrumentos. Em contrapartida, a ausência de uma estrutura equivalente em Portugal limita a diversidade e a adequação psicométrica e cultural dos testes.
O estudo também comparou e analisou a disponibilidade e a adequação dos instrumentos de avaliação da inteligência em ambos os países, concluindo que o Brasil possui uma maior variedade de instrumentos atualizados e culturalmente adaptados, enquanto Portugal enfrenta desafios relacionados à defasagem dos testes e à falta de regulamentação específica.
Lima destaca a importância de promover atualizações regulares e considerar as especificidades culturais das populações avaliadas para uma prática neuropsicológica mais precisa e inclusiva em ambos os contextos.