Novo Malware de Android rouba chaves privadas de capturas de tela e imagens

Fonte: CenárioMT

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Hackers norte-coreanos estão intensificando seus ataques contra a indústria de criptomoedas, utilizando métodos sofisticados para enganar suas vítimas. De acordo com um alerta recente do FBI, um novo malware de Android, chamado SpyAgent, é capaz de roubar chaves privadas armazenadas em capturas de tela e imagens nos dispositivos afetados.

Descoberto pela empresa de segurança cibernética McAfee, o SpyAgent funciona utilizando uma técnica conhecida como reconhecimento óptico de caracteres (OCR). Essa tecnologia permite que o malware extraia texto de imagens armazenadas no smartphone, incluindo as chaves privadas que podem ser encontradas em capturas de tela de carteiras digitais.

O malware é distribuído por meio de links maliciosos enviados em mensagens de texto. Ao clicar no link, o usuário é redirecionado para um site aparentemente legítimo e incentivado a baixar um aplicativo que se apresenta como confiável. No entanto, esse aplicativo é na verdade o SpyAgent, e sua instalação compromete a segurança do dispositivo.

Esses programas fraudulentos são disfarçados como aplicativos bancários, governamentais ou de streaming. Após a instalação, os usuários são solicitados a conceder ao aplicativo permissões para acessar contatos, mensagens e armazenamento local.

Até o momento, o SpyAgent tem sido principalmente direcionado a usuários sul-coreanos e foi detectado em mais de 280 aplicativos fraudulentos pelos especialistas da McAfee.

Ataques de malware em ascensão

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Em agosto, um malware semelhante chamado “Cthulhu Stealer” foi identificado afetando sistemas MacOS. Assim como o SpyAgent, o Cthulhu Stealer se disfarça como um aplicativo legítimo e rouba informações pessoais do usuário, incluindo senhas da MetaMask, endereços IP e chaves privadas de carteiras frias.

No mesmo mês, a Microsoft descobriu uma vulnerabilidade no navegador web Google Chrome, que foi provavelmente explorada pelo grupo de hackers norte-coreano conhecido como Citrine Sleet. Esse grupo criou falsas exchanges de criptomoedas e usou esses sites para enviar aplicações de emprego fraudulentas para usuários desavisados. Qualquer usuário que seguisse o processo acabava instalando um malware controlado remotamente em seu sistema, o que levava ao roubo de suas chaves privadas.

Desde então, a vulnerabilidade do Chrome foi corrigida. No entanto, a frequência dos ataques de malware levou o FBI a emitir um alerta sobre o grupo de hackers norte-coreano.