O Março Amarelo é considerado o mês de conscientização sobre a endometriose, uma doença que afeta milhares de mulheres. Essa iniciativa tem como objetivo informar e sensibilizar a sociedade sobre a doença e estimular os cuidados precoces com o problema, o que aumenta as suas chances de cura.
A endometriose é uma doença crônica que afeta as mulheres, na qual o tecido, semelhante ao revestimento do útero (endométrio), cresce fora do útero, geralmente nos ovários, trompas de falópio e outros órgãos pélvicos próximos, o que pode causar sintomas desconfortáveis, como dor intensa durante o período menstrual, dor pélvica crônica, sangramento irregular e redução da fertilidade, o que causa dificuldade para engravidar.
Principais sintomas da endometriose:
Dor pélvica: Dor intensa antes e durante o período menstrual;
Dor durante relações sexuais: Desconforto ou dor durante a atividade sexual;
Dor ao urinar ou defecar: Especialmente durante o período menstrual;
Sangramento irregular: Ciclos menstruais irregulares ou sangramento excessivo;
Fadiga: Cansaço crônico e falta de energia para as tarefas diárias;
Infertilidade: Dificuldade para engravidar.
Diagnóstico precoce é fundamental
De acordo com o médico especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Alexandre Silva e Silva, o diagnóstico precoce é essencial para ter maiores chances de recuperação com o tratamento da endometriose.
“O diagnóstico precoce da endometriose é fundamental para melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas. Identificar a condição em estágios iniciais permite o tratamento adequado da dor e aumenta as chances de preservar a fertilidade, além disso, ele facilita a personalização do tratamento”, explica.
Tratamento para endometriose
A depender do avanço da doença e do quadro de cada paciente, pode ser necessário desde uso de medicamentos há retirada do útero, explica o Dr. Alexandre Silva e Silva.
“Os tratamentos para endometriose variam de acordo com cada paciente, mas em geral podem ser usados medicamentos para aliviar a dor e controlar o crescimento do tecido endometrial fora do útero, também pode ser utilizada a terapia hormonal para reduzir o crescimento do tecido endometrial e bloquear a menstruação”.
“Mas em alguns casos mais avançados e graves pode ser necessária a cirurgia de histerectomia, ou seja, a remoção do útero, mas esse é considerado um último recurso de tratamento”, afirma o Dr. Alexandre Silva e Silva.