Inverno: Como o tempo frio afeta a saúde cardiovascular? Descubra

A queda de temperaturas causa um efeito chamado vasoconstrição, que pode aumentar as chances de problemas cardíacos, explica o médico cardiologista Dr. Roberto Yano

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© Divulgação/Freepik

O inverno está chegando! A partir do dia 20 de junho a nova estação trará consigo uma redução das temperaturas, algo que, apesar de ocorrer anualmente, pode ter efeitos importantes na saúde cardiovascular.

De acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia, as baixas temperaturas são consideradas fatores de risco para problemas cardíacos, principalmente para pessoas com histórico de doenças do tipo, podendo aumentar, por exemplo, em até 30% o risco de infarto.

Por que o frio afeta o coração?

De acordo com o médico cardiologista Dr. Roberto Yano, o principal fator que contribui para esses efeitos na saúde cardíaca é um processo desencadeado pelo clima frio chamado vasoconstrição.

“Quando a temperatura cai, os vasos sanguíneos se contraem como forma de manter o calor no corpo, um processo chamado de vasoconstrição. Isso aumenta a pressão arterial e coloca mais esforço sobre o coração”.

“Se o corpo não está aquecido, isso pode ocorrer com certa frequência, o que pode levar a problemas no coração devido a essa sobrecarga, algo que é mais perigoso para pessoas com problemas cardíacos prévios”, explica Dr. Roberto Yano.

Outros fatores contribuem

Além do processo natural do corpo de proteção contra as baixas temperaturas, existem hábitos mais comuns nesse período que também contribuem para piorar a situação, como explica o Dr. Roberto Yano.

“Por não fazer calor, as pessoas não suarem tanto, etc., é comum que nesse período de frio as pessoas bebam menos água, e isso contribui para aumentar a viscosidade do sangue, deixando ele mais espesso, o que também aumenta as chances de formação de coágulos, e que pode contribuir para infartos e AVCs além de afetar também outros órgãos”, explica.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.